Ontem morreu uma moça de apenas 15 anos no litoral do Paraná, fruto de uma banal discussão de trânsito.

Mais um massacre numa escola estadunidense, fruto de violência que se criou a partir da expulsão de um jovem da mesma escola.

A partir de que premissa a violência pode ser superada?

A Campanha da Fraternidade lançada nesta quarta-feira pela CNBB, Conferência Nacional dos Bispos do Brasil promove esta discussão.

O tema é “Fraternidade e superação da violência”, com o lema “Somos todos irmãos”.

A abordagem, mesmo sob a ótica da igreja é sempre mais voltada aos casos de crimes praticados por armas de fogo.

Decerto, constatam-se mais de 40 mil homicídios por ano no Brasil com o uso de armas de fogo.

Mas este é o resultado de uma série de fatores que muitas vezes não são enumerados ou de difícil constatação.

São citados outros fatores como originários da violência, dentre os quais, a corrupção que esvai dinheiro da educação. Ainda, a má distribuição de renda, a distância entre as classes sociais, poucos ricos para muitos pobres.

Mas tudo isso, acaba mesmo esbarrando na falta de educação ou do acesso a ela.

Outro fator preponderante da violência está bem mais perto do que podemos imaginar: a individualidade.

A violência emana do ser humano na sua particularidade. Pratica-se violência contra si mesmo, contra a família, contra empregados.

Querer e lutar pela paz interior, possui-la de verdade, diminuiriam as estatísticas de mortes violentas.

Fonte: Elder Boff