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Desilusão

  • 15/05/2018
  • Foto(s): Ilustração (pavablog)
Desilusão

O jornal o Estado de São Paulo, ouviu Marcia Cavallari, diretora executiva do Ibope Inteligência, em entrevista e ela disse que ficou recentemente sensibilizada ao acompanhar os depoimentos de entrevistados em uma pesquisa qualitativa promovida por seu instituto, o Ibope.

A pesquisa qualitativa é quando são reunidas várias pessoas de segmentos distintos, classe social diferente, várias religiões, convidados a falar sobre suas expectativas em relação ao futuro.

Grupos de eleitores de perfis diversos só manifestaram desesperança e angústia. “Foi uma tristeza”, disse ela.

A decepção com a classe política aflora no Brasil, principalmente depois da revelação sequencial de mazelas em função, principalmente, da ação da Operação Lava-Jato. A desesperança e a desilusão são latentes, epidérmicas. As pessoas estão enojadas com a política e o temor nas próximas eleições é que o eleitor seja cada vez mais crítico, muito austero com os candidatos.

Conversa mole não vai mais conquistar ninguém e essa é a tendência.

E não pensem que isso é só no Brasil, no nível federal. A antipatia aos processos político-eleitorais se estende aos estados e aos municípios.

Coisas simples que os governos de quaisquer níveis poderiam fazer de forma ágil, se escoram na burocracia ou má vontade para protelar, empurrar com a barriga.

Segundo Marcia Cavallari, os levantamentos do instituto mostram um eleitorado “sem perspectiva de melhora”. Existe uma abertura para candidatos que representem o “novo”, mas, ao mesmo tempo, um temor de uma pessoa sem muita bagagem política possa piorar a situação do País.

Os pré-candidatos mais conhecidos têm taxas muito altas de rejeição, até maiores que seus porcentuais de intenção de voto.

Há uma posição dúbia em relação ao novo. Eles percebem que a situação é muito complexa e que talvez um candidato que represente o totalmente novo possa piorar ainda mais o quadro.

O povo quer mudança? Mas no jeito de fazer política, no jeito de lidar com o serviço público, com o dinheiro público. Mas não necessariamente esperam um “novo do novo”, porque isso também geraria insegurança.

Em relação às notícias falsas, as pesquisas mostram que os eleitores se preocupam muito com isso. Eles acham que o ambiente da internet é mais propício para as pessoas divulgarem e passarem notícias falsas sem checar a fonte. Sabem e declaram que não podem acreditar em tudo o que veem na internet. A credibilidade maior é dos veículos de comunicação tradicionais: jornal, rádio, TV. É onde se sentem mais seguros em relação à informação que recebem.

Fonte: Elder Boff

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