Um dia o petróleo vai acabar. Combustível fóssil que move a riqueza, principalmente de países árabes e que deveria sê-lo numa Venezuela também.

Ao contrário, o modus operandi dos governos totalitários venezuelanos extirpam essa possibilidade.

Dubai, que se transformou nas últimas décadas, num paraíso turístico e o que é mais incrível: nasceu do nada, da areia e do mar, nem árvore direito se criava por lá.

Mas, aproveitando a perspectiva finita do ouro preto, Dubai viu erguer luxuosas construções que servem de resort, hotéis e bancos. Abriu seu duro regime e modernizou-se, atraindo milhares e milhares, virando um dos principais pontos turísticos mundiais.

E os royalties da Itaipu, será que acabarão um dia. Talvez sim. Provavelmente que sim, ou serão redistribuídos de forma a não beneficiar tão diretamente só os municípios lindeiros.

Um sinal disso, na prática, é o aumento do espectro de investimento da binacional em programas para além da costa oeste, atingindo todo o grande oeste do Paraná e até outras regiões.

E, se por ventura, esses abundantes valores que submergem do ressarcimento em razão das terras alagadas, vierem mesmo a ter um fim, como estaremos?

Cheios de prédios públicos, entulhados de funcionários concursados, nomeados e terceirizados? Ou veremos uma “dubai paranaense” soerguer-se entremeada por lavouras diversificadas, irrigadas e agroindústrias para transformação do que da terra tiramos?

Ou veremos a navegabilidade no lago com um movimento extraordinário de embarcações utilizando a hidrovia Paraná-Tietê, ladeada por estradas de ferro que nos dariam ainda mais um modal para o transporte de nossas riquezas?

De repente avançaremos na escola pública de terceiro grau, acrescendo centros de educação superior, mesmo que, particulares, atraindo também as classes mais avantajadas para seus rebentos se transformarem em médicos, cientistas, advogados, engenheiros?

Dubai pode ser aqui.

Fonte: Elder Boff