Ouça ao vivo
Rádio Costa Oeste 106,5 FM

106,5 FM

Rádio Costa Oeste

Rádio Independência 92,7 FM

92,7 FM

Rádio Independência

Rádio Cultura 820 AM

820 AM

Rádio Cultura

Rádio Terra das Águas 93,3 FM

93,3 FM

Rádio Terra das Águas

Rádio Guaíra 89,7 FM

89,7 FM

Rádio Guaíra

Professor da Unioeste que ofendeu policiais na internet faz retratação

Ele se retratou publicamente no dia 25 por meio de carta; A foto é referente a postagem feita na época

  • 27/06/2019
  • Foto(s): Catve
Professor da Unioeste que ofendeu policiais na internet faz retratação

O professor universitário de Cascavel que publicou uma imagem contendo frase ofensiva aos Policiais Militares em suas redes sociais, em janeiro deste ano, retratou-se publicamente na terça-feira (25), por meio de uma carta de retratação. 

No documento, que foi aceito para encerrar um processo judicial em que o professor era alvo por danos morais, ele pediu desculpas aos que se sentiram ofendidos com a postagem. "...retrato-me e apresento meus pedidos de profundas escusas a todos os policiais militares que eu possa ter ofendido através de reiteradas e impróprias postagens em rede social...", é o que diz um trecho da carta. 

Para o Conselheiro da Assofepar e autor da ação, Capitão Diego Astori, os comentários e postagens objetos da retratação, publicados em rede pessoal do professor foram discriminatórios e de um grande desrespeito contra as instituições policiais do Brasil e, sobremaneira, contra a dignidade de todos os policiais enquanto pessoas físicas também. "Houve um grande ferimento à honra objetiva de todos os policiais através de uma generalização que advinha, muito que provavelmente, de uma ideologia equivocada, segregadora e sectarista. Policiais são pessoas de direito e que possuem direito à proteção de sua integridade de imagem, inclusive buscando a tutela jurisdicional em casos análogos de ofensas", disse o Capitão, que complementa:

"A retratação do professor foi muito bem recebida por diversos policiais, inclusive acatada por mim, que solicitei o arquivamento do pedido de indenização por danos morais que pleiteava perante o Poder Judiciário na Comarca de Cascavel/PR, tendo em vista que o conteúdo da retratação foi discutido em diversas oportunidades pelos meus advogados e os do professor. Na minha opinião, a intolerância possui diversas facetas e não pode jamais ser aceita quando atacar um grupo como previsto na lei de combate ao racismo ou a uma categoria profissional, como exemplo as Polícias Militares do Brasil, que são instituições constitucionalmente garantidoras da Ordem Pública e sendo a principal responsável pela preservação da mesma, cabendo destaque que muitas pessoas que trazem o discurso de serem discriminadas ou que combatem a discriminação, na verdade a fomentam de uma forma sub-reptícia contra as instituições de Segurança Pública ou seus agentes", argumentou o Oficial.

O Capitão Astori também fez questão de reforçar que o intuito principal do processo judicial contra o professor nunca foi um enriquecimento financeiro, tanto que sequer foram cobradas as custas com advogados, mas sim o reconhecimento da atitude errônea de um formador de opiniões perante a comunidade acadêmica e a sociedade, "bem como desestimular atitudes similares de pessoas que possam atuar sob o manto de uma equivocada liberdade de expressão que a Constituição Federal não alberga por ofender direitos de outrem que são protegidos. Por fim, gostaria de enaltecer a atitude de reconhecimento das instituições policiais e a correção de atitude do Professor Alexandre, o qual conseguiu perceber o erro que havia sido induzido e teve a humildade de tornar pública suas escusas", finalizou o Conselheiro da Associação dos Oficiais.

Nos posts, o professor ofendeu a Polícia Militar, comparando-os com animais. Em uma das postagens ele diz: "É como sempre digo, estes gambés são adestrados como cachorros. Este é o procedimento padrão para ganhar o biscoito do treinador ao final da operação." "Gambé" é uma gíria para citar policiais. 

Em mais uma publicação, ele fala das atuações da Polícia Militar - desta vez do Estado do Rio Grande do Sul. "PM massacra indígenas no Rio Grande do Sul. Estes porcos seguem fazendo o serviço dos golpistas e do poder.", compartilhou o professor.

O autor das postagens é doutor na área de humanas, servidor na Universidade desde de 2000 com remuneração de cerca de R$19 mil.

Fonte: Catve