106,5 FM
Rádio Costa Oeste
A Itaipu Binacional deve concluir, até 10 de dezembro, a reforma da Base Náutica de Entre Rios do Oeste. Em seguida, a estrutura deve ser repassada ao Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFron). A informação foi confirmada pelo comandante da corporação, tenente-coronel Saulo de Tarso Sanson Silva.
Motivo de polêmica no município entrerriense quando a ideia foi ventilada em 2018, ele explica que o BPFron precisa buscar parcerias e alguns pontos estratégicos de instalação, a exemplo das companhias já situadas em Guaíra e Santo Antônio do Sudoeste.
"Ano passado visualizamos um ponto estratégico com a Itaipu e está aqui do nosso lado. Marcamos a reunião (com a Itaipu) e encaminhamos dois projetos: um da construção da nova companhia de Guaíra e outro da Base Náutica de Entre Rios do Oeste. Na época houve a solicitação para escolhermos uma das duas opções. Explicamos na reunião que seria estratégico manter os dois projetos”, relembra.
De acordo com ele, utilizar a Base Náutica se tornou viável em curto prazo e permite desenvolver ações pontuais no Lago de Itaipu. “Temos mais de 300 portos clandestinos no lago e a Base Náutica de Entre Rios do Oeste é estratégica para termos essa contenção”, esclarece.
Sobre as repercussões negativas que já foram registradas no município entrerriense desde que veio à tona a informação de que o BPFron utilizaria a estrutura, o tenente-coronel explica que as Bases Náuticas foram cedidas há alguns anos para que os municípios pudessem explorar as áreas e alavancar o turismo. No entanto, a realidade mostrou, por exemplo, a dificuldade da Prefeitura de Entre Rios em manter o bem público. “A prefeitura encaminhou um ofício para a Itaipu informando que não havia interesse em permanecer com a Base em virtude dos gastos em relação a uma edificação que não é patrimônio do município e por possuir outros investimentos, como em saúde e educação”, expõe. “Sabendo disso, passamos a ter a intenção em ocupar a Base Náutica. Existe uma estrutura em depreciação e está sendo feita uma reforma básica para dar condições de ocupação aos nossos policiais”, acrescenta.
O comandante da corporação revela que a Itaipu fez a licitação para a reforma, sendo que a obra deve terminar em 10 de dezembro. “Estamos acompanhando esse processo. A questão é que a Base Náutica pertence à Itaipu, existe uma pessoa que ocupa hoje o imóvel e ela recebeu uma notificação semana passada com prazo de dez dias para fazer a desocupação. Assim que isso acontecer será possível terminar a obra para que o BPFron possa recebê-la”, declara Sanson.
Segundo ele, a Base Náutica será utilizada pelo Pelotão Cobra (Corpo de Operações de Busca e Repressão Aquática), responsável pelo policiamento embarcado em toda a região do Lago de Itaipu.
Fonte: O Presente