Uma alegria represada por 15 anos, ou quase 5.400 dias, inundou a Arena na noite desta quarta-feira. Ao empatar em 1 a 1 com o Atlético-MG, o Grêmio sagrou-se pentacampeão da Copa do Brasil, marca que é exclusivamente sua e o converte no maior vencedor da história da competição. O primeiro título da era Arena garante vaga na Libertadores da América e habilita o clube a deixar para trás um período de desconfiança e frustração. Um final de ano perfeito.
A emoção começou antes do jogo, com as justas homenagens à Chapecoense. O minuto de silêncio, ouvido em silêncio absoluto e valorizado por um solo de corneta, fez chorar boa parte dos mais de 55 mil torcedores presentes.
No primeiro terço da partida, só a torcida do Grêmio jogou. Ao perceber o nervosismo do time, ela passou a cantar com força, transmitindo a energia que parecia faltar dentro do gramado. Apesar do seu gigantismo, a Arena converteu-se em caldeirão e virou a aliada que os jogadores precisavam.
A vantagem mineira era traduzida em arremates. A dois minutos, Fábio Santos ergueu da esquerda e Júnior Urso assustou o estádio com seu cabeceio. Aos sete e 11, Lucas Pratto e Luan arriscaram de longe, com chutes rasteiros e quase iguais. Três conclusões contra nenhuma do Grêmio. O que, a rigor, não surpreendia, já que era permitido ao time de Renato Portaluppi administrar a vantagem trazida do primeiro jogo.
Só aos 17 minutos, numa bola mal recuada, o Atlético-MG deu espaço para o chute de Luan, que foi desviado pela defesa.
Fonte: ZH Esportes