A Fiba (Federação Internacional de Basquete) já tem uma proposta para solucionar a grave crise na qual a CBB (Confederação Brasileira de Basquete) está envolta. E é uma medida drástica.
O interventor da Fiba no Brasil , o espanhol José Luiz Saez, levou à direção da entidade na Alemanha a ideia de desfiliar a CBB da Fiba e fundar uma nova confederação brasileira, livre das dívidas.
Desde novembro, no entanto, a CBB vem passando por uma intervenção da Fiba, por falta de cumprimento em acordos financeiros. O que irrita os estrangeiros é a insistência da gestão Nunes de manter-se no poder mesmo diante de um cenário de caos administrativo e financeiro.
De acordo com Fabio Balassiano, meu colega de blog no UOL Esporte, a confederação terminou o exercício de 2015 com R$ 17 milhões de déficit. Isto num cenário de bonança pré-Rio-2016, com recorde de investimento do governo federal e patrocínio do Bradesco (R$ 8.7 milhões). Um dos pontos que está em discussão é quem assumiria o passivo deixado pela desastrosa gestão do gaúcho Carlos Nunes à frente da confederação.
Este não é o primeiro caso de confederação que sofre intervenção e é desfiliada para dar lugar a uma nova entidade, com outro nome, assumir sua função. Há dez anos, ocorreu processo semelhante com a vela. A CBVM (Confederação Brasileira de Vela e Motor) sofreu intervenção do COB, após um período de seis anos, foi desfiliada da ISAF (Federação Internacional da modalidade), foi extinta e aí surgiu a atual CBVela, livre das dívidas, que foram cobradas dos antigos gestores da CBVM.
A CBB é afiliada da Fiba desde 1935, dois após sua fundação no Rio de Janeiro, ainda com o nome de Federação Brasileira de Basketball. ?? uma das mais antigas entidades esportivas do país ainda em atividade, que vai chegando a um final trágico, tal qual ocorre com as seleções brasileiras nas quadras.
Fonte: Uol Esportes