De maneira consensual, São Paulo e Michel Bastos selaram a rescisão do contrato. Fora dos planos do técnico Rogério Ceni, o meia tinha vínculo com o clube até dezembro 31 de dezembro de 2017, sendo que havia um gatilho de renovação com bônus em caso de classificação para a Copa Libertadores de 2018.
Para deixar o clube, o jogador abriu mão de algumas dívidas que o São Paulo tinha e de R$ 4,2 milhões, entre salários e direitos de imagem, como previa o acordo assinado em sua contratação.
Desta maneira, o meia, de 33 anos, poderá procurar um outro time para defender na próxima temporada. Livre do São Paulo, ele tem a chance de receber luvas do clube que for contratá-lo.
Alguns times do Brasil, como Palmeiras, Santos e Cruzeiro, já mostraram interesse em Michel Bastos. Porém, não está descartada a transferência para o exterior.
Já o São Paulo poderá economizar com a saída do camisa 7, que tinha um dos salários mais altos do elenco. Esse valor deve ser utilizado em reforços, como o meio campista Cícero, do Fluminense, que negocia o seu retorno ao Morumbi.
Do céu ao inferno
Michel chegou ao São Paulo em 2014 com status de jogador de seleção brasileira. O contrato, que UOL Esporte teve acesso, previa até multa rescisória de R$ 50 milhões, em caso de transferência para um clube brasileiro, e de 30 milhões de euros (R$ 102 milhões) para uma equipe estrangeira.
Depois de se destacar e ser considerado uma das peças mais importantes do elenco, ele entrou em várias polêmicas. Em 2015, após ouvir vaias do público, o jogador fez sinal de silêncio para a torcida na hora de comemorar um gol. Neste ano, circulou pela internet uma foto dele com uma lata de cerveja na mão durante o período de crise do time, na Copa Libertadores.
Tal fato, impulsionou um protesto dos torcedores. O clube até conseguiu colocar panos quentes durante o torneio continental, porém o relacionamento voltou a ficar tenso e acabou com a agressão por parte de integrantes da organizada durante a invasão ao CT da Barra Funda, no dia 27 de agosto.
Além dos problemas com os torcedores, ele também xingou o técnico Juan Carlos Osorio, em 2015, por ser substituído durante uma partida contra o Fluminense. Também mostrou indisciplina ao faltar em um treino e ser visto em campeonato de pôquer.
No fim desta temporada, após a invasão ao CT, ele pediu para não ser mais relacionado. A diretoria até tentou utilizá-lo como moeda de troca. Porém, os outros clubes não quiseram levar o negócio adiante. Pelo São Paulo, no total, Michel Bastos disputou 120 partidas oficiais e marcou 22 gols.
Fonte: Uol Esportes