A nova Copa, portanto, funcionará de maneira bastante diferente. No atual formato, são oito grupos de quatro times, com os dois melhores de cada chave se classificando para os mata-matas, iniciados em oitavas de final. Após a aprovação da medida de Infantino, que foi eleito presidente com a bandeira da ampliação do Mundial, haverá mudanças radicais.
Ao todo, há cinco propostas de novos formatos para votação. A ideia favorita (e que deve vencer a votação), porém, é a de que de 2026 para frente, o torneio tenha 16 grupos de três times, com os dois melhores avançando para a próxima fase - portanto, quem for eliminado ainda na fase de grupos fará só dois jogos, ao invés de três, como ocorre atualmente no formato de 32 equipes com oito grupos de quatro.
Os mata-matas, por sua vez, serão iniciados em 16-avos de final, e não mais em oitavas de final. Serão, portanto, dois jogos de fase de grupos e mais cinco eliminatórios, com o campeão e o vice fazendo sete partidas, assim como ocorre no formato atual.
Com isso, haverá 80 partidas ao longo da competição, e não mais 64. O número de dias de Copa, porém, não muda muito: de 31 para 32.
As outras opções de alteração que poderão ser votadas pelos 37 membros do conselho da Fifa são: aumento para 48 seleções, com o torneio começando em um mata-mata de 32 times e os 16 classificados se juntando a outros 16 já pré-classificados; aumento para 40 seleções, com 10 grupos de quatro equipes (classificam-se os líderes e os seis melhores segundos); aumento para 40 times com oito grupos de cinco (classificam-se os dois primeiros).
Ainda há a opção de manter a Copa com 32 times, mas isso não deve ocorrer.
O formato favorito que deve ser escolhido na terça-feira também terá uma nova regra "antimarmelada" na primeira fase: todos os jogos que terminarem empatados terão cobranças de pênalti ao final para determinar um vencedor.
Isso evitará o famoso "jogo de compadres", em que dois times jogam por um placar que favorece a ambos, deixando de se esforçar em campo (situação que já ocorreu diversas vezes ao longo da história dos Mundiais).
A nova Copa ainda deixará os cofres da Fifa ainda mais cheios.
De acordo com uma pesquisa da própria entidade suíça, o aumento de 32 para 48 times fará a receita crescer em 5,29 bilhões de libras (R$ 20,74 bilhões), com o crescimento do lucro chegando a 521 milhões de libras (R$ 2,04 bilhões).
Segundo Gianni Infantino, no entanto, a decisão de ampliar o número de seleções não foi tomada pelo aspecto financeiro, mas sim pelo esportivo.
"A nova Copa do Mundo será mais inclusiva, ajudando a desenvolver o futebol ao redor do mundo. Não há nada que faça o futebol crescer em um país do que participar no Mundial. A decisão nunca deve ser tomada pelo aspecto financeiro", discursou, em evento realizado em Dubai, no fim do ano passado.
As 16 novas vagas devem ser distribuídas principalmente entre África e Ásia.
Fonte: ESPN