O ex-presidente da Associação Comercial do Paraná, Antonio Espolador Neto, fez há dois anos em viagens pelo interior uma previsão que começa a se confirmar. ???O Paraná foi o último Estado a sentir os efeitos da crise e será um dos primeiros a sair dela???, disse em reunião com empresários na Acic em Cascavel. E os números comprovam que a projeção e a confiança de Espolador, recentemente substituído por Cláucio Geara na ACP, eram acertadas. O Oeste é um termômetro das inversões nos gráficos que começam a tomar conta da economia do Paraná.
???O clima é sim de otimismo e os investimentos retornam gradualmente???, diz o vice-presidente da CACB (Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil), o industrial Rainer Zielasko, que é de Toledo. As cooperativas Lar, de Matelândia, Coopavel, de Cascavel, e C. Vale, de Palotina, além de outras grandes empresas, como Prati e Donaduzzi e Fiasul, ampliam investimentos e abrem novas oportunidades de emprego e renda. ???O momento já é muito mais propício que o de um, dois anos atrás???, conforme Rainer, que atribui a mudança principalmente a posturas do novo governo que retomam a confiança do mercado.
Estabilidade e crescimento
O economista e consultor Alfredo Fonceca Péris está otimista com medidas recentes e que permitem ajustes no cenário econômico nacional. ???Entendo que o momento de queda do PIB do Brasil está chegando ao fim???. Péris diz que o País deverá estabilizar e possivelmente terá crescimento econômico em 2017. A projeção do FMI, o Fundo Monetário Internacional, é de que o Produto Interno Bruto brasileiro cresça 0,2% no atual exercício.
A partir do momento que isso ocorrer, uma economia pujante como a do Brasil passará a sentir com mais força o retorno dos investimentos. Colaboram com o cenário medidas como a do Banco Central, que iniciou o processo de redução da taxa Selic. Além disso e por consequência da queda da inflação e do baixo nível da atividade econômica é possível que se inicie o processo de recuperação do crescimento, com mais empregos e circulação de mais recursos na economia.
No caso particular da região Oeste, conforme Alfredo Péris, o momento atual da agropecuária, tanto em âmbito de preços quanto de demanda particularmente externa e, também, por conta do clima, é um fator preponderante na retomada de investimentos de forma mais robusta. ???Portanto, acredito não ser temeroso afirmar que as condições para a retomada começam a se afirmar e a nossa região deverá, por isso e pelas razões particulares já expostas, vencer a crise???. Não se pode esquecer, alerta o professor, que o investimento não parou. Diminuiu da mesma forma que encolheu o consumo.
Fonte: Geovani Canabarro c/inf. O Paraná