Mais duas cidades paranaenses integram a lista de municípios infestados pelo mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, da zika e da febre chikungunya. Com a inclusão de São João e Vitorino, ambos da região Sudoeste, o Paraná passa a ter 315 cidades com infestação confirmada do mosquito. O dado faz parte do novo boletim da dengue divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde, ontem. O Estado tem 399 municípios.
O dado é preocupante, pois revela que oito em cada dez municípios paranaenses já registram a presença do Aedes aegypti em dependências domiciliares. ???Se há o mosquito, também existe o risco concreto de haver casos de dengue. Por isso, o momento é de alerta e todo o cuidado é pouco quando se trata desta doença???, ressaltou o secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto.
De acordo com o novo boletim informativo da Secretaria da Saúde, o Paraná contabiliza 439 casos de dengue, 14 de zika e três de chikungunya no ano epidemiológico iniciado em agosto de 2016. Até o momento, nenhuma morte relacionada a essas doenças foi registrada. Os números levam em consideração o novo período epidemiológico, que vai de agosto de 2016 até agora.
Para conter este avanço do mosquito, a principal recomendação é reforçar as ações de eliminação manual de potenciais criadouros, tanto em casa quanto nos quintais. Atualmente, quase metade dos criadouros encontrados pelas equipes de saúde é considerado lixo, como copos descartáveis, garrafas pet, sacolas e outros materiais recicláveis.
O diretor-geral da Secretaria da Saúde, Sezifredo Paz, explica que o ideal é que as pessoas adotem uma rotina semanal de limpeza em suas residências. ???Uma vistoria geral por semana é suficiente para deixar a casa livre do mosquito. A ação dura em torno de 15 minutos e faz toda a diferença na guerra contra a dengue, a zika e a chikungunya???, declarou o diretor.
Levando em conta a evolução da lista de municípios infestados, fica claro que o mosquito da dengue tem se espalhado pelo Paraná e hoje já atinge regiões que historicamente nunca haviam identificado sua presença. Este é o caso do Litoral, que teve Paranaguá como o centro de uma das maiores epidemias que já aconteceram na história do Estado.
Fonte: Bem Paraná