Com time e técnico reserva, o Grêmio não suportou a melhor qualidade do Flamengo e foi derrotado por 2 a 0, na noite desta quarta-feira, no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. O insucesso na estreia na Primeira Liga foi o final de um dia ruim, marcado pela lesão que tira o meia Douglas por seis meses dos gramados. Domingo, contra o Passo Fundo, na Arena, o time busca a reabilitação no Gauchão.
O começo do jogo sugeriu que o pior poderia acontecer para o Grêmio. Desentrosada, a defesa passava trabalho com o ataque veloz do Flamengo. Em dois minutos, duas bolas aéreas foram erguidas na direção da área, com Thiego e Kaio sendo vencidos no cabeceio por Réver e Arão.
Só a 15 minutos o Grêmio tentou o primeiro chute, por Fernandinho, mas a bola bateu nas costas de Réver. Mais elaborada foi a jogada pela direita, a 17 minutos, em que o cruzamento de Kaio foi aparado de cabeça por Michel, mas a bola tomou elevação. No embalo, a 20 minutos, Everton tabelou com Michel e bateu rasteiro, para defesa de Muralha. Faltava conjunto também ao ataque do Grêmio. Primeiro, pela inexistência de armadores no time, o que provocava o isolamento de Fernandinho e Everton. Mais esquecido ainda ficava Bolaños, que, mesmo na condição de atacante mais avançado, precisava recuar para iniciar as jogadas.
Apesar da maior qualidade técnica e escalado com força máxima, o Flamengo não conseguia se impor aos reservas do Grêmio. E precisou da colaboração de Bruno Grassi para voltar a assustar. A 37, o goleiro falhou em falta batida por Mancuello, reabilitou-se no rebote, mas a bola ainda voltou para Rafael Vaz, que concluiu de cima, mas Léo Moura salvou sobre a linha.
A resistência do Grêmio terminou a 42 minutos. Com técnica apurada, Diego arrastou toda a marcação na frente da área, serviu a Trauco, que fez passe nas costas de Léo Moura. Everton, com rapidez, ocupou o espaço dentro da área e chutou rasteiro, vencendo a Bruno Grassi, antes que Thyere pudesse antecipar: 1 a 0.
Com a mesma formação no segundo tempo, o Grêmio seguiu inoperante. Ao perceber que Bolaños seguia distante da área, o interino Alexandre Mendes decidiu alterar o sistema. Fez do equatoriano um armador, como ele gosta, e chamou Jael para tentar o empate. Mas foi Bolaños quem levou perigo, com um chute de fora da área, defendido com dificuldade por Muralha. Era visível o crescimento do atacante com a troca de função.
Mesmo já com o colombiano Berrío em campo, o Flamengo havia perdido a agressividade, o que dava ao Grêmio alívio defensivo. E, em rápidas estocadas, o time levava algum risco, como no arremate de Everton, defendido outra vez por Muralha. Também foi perigosa a investida de Bruno Cortez, a 27 minutos. Servido por Bolaños, ele cruzou para a intervenção salvadora de Muralha.
Foi um novo vacilo defensivo que decretou a queda definitiva do Grêmio. A 32 minutos, em escanteio, Guerrero cabeceou para defesa parcial de Bruno Grassi, a bola voltou para o meio da área e Berrío completou para dentro da rede e fez o segundo. Bruno Grassi ainda evitou o terceiro, aos 40, em cabeceio de Guerrero. A essa altura, o Grêmio nem esboçava mais reação.
Fonte: ZH Esportes