Cascavel - O sojicultor Zeca Zardo está prestes a colher 800 hectares de soja. Otimista, ele começa a colher no início de fevereiro. Apesar do excesso de umidade que levou doenças às plantas e possível perda na produtividade, o sojicultor já começa a preparar as máquinas para a colheita.
???Na próxima semana vamos passar o secante na soja e acredito que em 15 dias já podemos dar início à colheita. Mesmo com tanta chuva em novembro e dezembro, estou confiante que teremos uma boa produtividade, espero em torno de 65 sacas por hectare???, destaca.
O produtor Jurandir Francisco Tomazi também está ansioso pela colheita.
???Após tantas chuvas o sol finalmente voltou. Estamos torcendo para que as perdas não ultrapassem 20%. Apesar do preço da saca estar em um bom patamar hoje, em contrapartida pagamos mais caro pelos insumos. Também gastamos mais produtos com as aplicações durante o período chuvoso???, frisa.
De acordo com o Deral (Departamento de Economia Rural), no último relatório de segunda-feira passada, dos 560 mil hectares de soja cultivados na regional de Cascavel, 1% havia sido colhido e o restante segue 60% em frutificação e o restante está em maturação.
???Os primeiros municípios que deram início à colheita e que estão mais avançados são: Serranópolis do Iguaçu, Missal e Itaipulândia. Nas demais os produtores estão se preparando para começar a colher. Quem cultivou soja e milho, primeiramente dará prioridade à soja e depois ao milho???, explica a economista do Deral Jovir Esser.
???Nas primeiras lavouras colhidas a previsão tem sido de 62 sacas por hectare da soja. Em algumas localidades ocorreram quebras devido à falta de sol o que casou abortamento na floração e doenças como a ferrugem asiática???, frisa Esser.
Milho
Já os 13,7 mil hectares destinados ao milho estão 95% em maturação e 5% em frutificação. Nas próximas semanas o Deral apresenta um levantamento do resultado das primeiras colheitas realizadas na região. A saca de 60 quilos da soja está sendo comercializada a R$ 72 e a saca do milho R$ 31.
Feijão
A cultura de feijão alcançou 100% da colheita na regional onde foram cultivados 2.213 hectares. Algumas lavouras foram comprometidas com o excesso de chuva. Segundo especialistas, os produtores vão perder na hora de comercializar o produto já que em muitas lavouras apresentaram deficiência na qualidade, entre elas manchas no grão.
Fonte: Jornal O Paraná