O advogado Túlio Bandeira, preso no dia 11 de janeiro pela Polícia Federal, deixou o Complexo Médico-Penal, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, no início da noite desta segunda-feira (20).
Ele é réu em uma ação penal que investiga um esquema de corrupção na Prefeitura de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná.
De acordo com a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de sexta-feira (17), Túlio está, proibido de manter contato com outros réus e investigados na ação penal e não pode deixar o país - mediante a entrega do passaporte, além de afastar-se de qualquer função pública.
No Complexo Médico-Penal, ele estava sob custódia e à disposição da Justiça Federal. O mandado de prisão preventiva, por tempo indeterminado, foi expedido no dia 15 de dezembro de 2016, na 5ª fase da Operação Pecúlio.
Túlio Bandeira foi considerado foragido da Justiça e só foi preso quase um mês depois, em Santo Antônio do Sudoeste, na região oeste do estado. No Complexo Médico-Penal, onde ficou detido, também ficam alguns dos preso pela Operação Lava Jato.
De acordo com a denúncia feita pelo Ministério Público Federal, Túlio, que foi assessor jurídico voluntário da Fundação Municipal de Saúde, doou R$ 2 milhões à campanha do ex-prefeito Reni Pereira.
Na fundação fazia indicação de nomes para ocuparem cargos na administração e assinava pareceres jurídicos e licitações fraudulentas, além de receber e pagar propina.
A decisão do STJ também beneficiou outros seis réus que deixaram a cadeia nesta semana: os vereadores Darci Drm e Edílio Dalgnol, os ex-vereadores Paulo Cesar Queiroz, Hermógenes de Oliveira e Paulo, e o ex-funcionário da Câmara Ricardi Andrade.
Túlio Bandeira disputou as últimas eleições para a Prefeitura de Foz do Iguaçu, pelo PROS. Durante a campanha, ele chegou a ser preso pela Polícia Civil do Mato Grosso por oito dias suspeito de associação criminosa.
Fonte: G1