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Operação prende seis por adulteração de bombas em postos de combustível no Paraná

  • 26/03/2017
  • Foto(s): Ilustração
Operação prende seis por adulteração de bombas em postos de combustível no Paraná

Seis pessoas foram presas durante a Operação Pane Seca, deflagrada na manhã deste sábado (25) pelo Departamento de Inteligência do Estado do Paraná (Diep). Elas são suspeitas de integrar duas quadrilhas que fraudavam a quantidade de combustível que sai das bombas, gerando prejuízo aos motoristas e ganhos para as organizações criminosas.

Outras seis pessoas continuavam foragidas e sendo procuradas pela Polícia Civil do Paraná. Ainda durante a operação, nove postos de combustíveis foram fechados: seis em Curitiba, um em São José dos Pinhais e um em Colombo, na região metropolitana.

Curitiba

- Posto Master Tingui

- Posto Varejista Itaipu

- Posto Karwell Petroleo e Participações Ltda

- Posto GRC Comércio de Combustíveis

- Posto JPS

- Auto Posto Midas Uberaba

São José dos Pinhais

- Posto Via Aeroporto

Colombo

- Posto Comércio de Combutíveis RUBI

A polícia suspeita, ainda, que a organização criminosa esteja se expandindo para outros estados, como São Paulo e Santa Catarina.

Durante o cumprimento de 14 mandados de busca e apreensão, os policiais do Diep encontraram placas de bombas que eram usadas na fraude, além de mais de R$ 800 mil em cheques e R$ 1,5 mil em espécie. Também foram apreendidos computadores e pendrives, além de propostas de transações de bens que totalizam R$ 60 milhões.

A investigação

A investigação teve início a partir de requisição da Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor, do Ministério Público do Paraná (MP-PR), que recebeu informações da Associação Brasileira de Combate a Fraudes de Combustíveis (ABCFC) de que postos estavam fraudando a quantidade de combustíveis no momento do abastecimento.

Para a fraude funcionar, segundo a polícia, as duas quadrilhas recorreram à tecnologia: eram instalados dispositivos eletrônicos nas bombas. Eles eram os responsáveis por interromper o fluxo de combustível efetivamente expelido, sem que houvesse interrupção na medição da quantidade de litros a ser paga pelo consumidor.

Assim, a quantia de combustível de fato inserida nos tanques dos veículos dos consumidores era inferior ao que era registrado nas bombas. Isso fazia com que os clientes pagassem valores a mais em cada abastecimento.

Ainda conforme a polícia, esses dispositivos eletrônicos podiam ser ativados remotamente, o que possibilitava aos criminosos escolher o momento mais propício para seu acionamento ??? o que também dificultava a atuação dos órgãos fiscalizadores.

O Diep estima que de 6% até 8% do abastecimento não entrava no tanque com 50 litros e, sim, em torno de 46 litros. Imaginando o litro da gasolina a R$ 3,29, o consumidor era lesado em R$ 13,16, além de ter menos combustível no tanque.

De acordo com a polícia, o valor pode parecer pouco. Porém, se cada posto efetuasse 100 abastecimentos diariamente, o valor subiria para mais de R$ 1 mil por dia.

Quadrilhas

A investigação do Diep revela que uma das quadrilhas era chefiada por pai e filho. O pai foi preso no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais. No entanto, o filho seguia foragido até a publicação desta reportagem.

Os dois são donos de uma conhecida churrascaria de Curitiba. Segundo a polícia, o local era usado para os negócios da quadrilha; a família também é dona de três postos de gasolina.

A outra organização criminosa investigada pelo Diep atuava em outros quatro postos de combustíveis. Em um deles, também foi encontrada quantidade de álcool superior ao permitido em lei, chegando ao patamar próximo de 70%.

Entre os alvos da ação policial do Diep, também estão empresas que prestavam serviços de manutenção aos postos de combustíveis que cometiam as fraudes.

Os seis presos foram levados para o Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), unidade de elite da Polícia Civil do Paraná, e depois foram transferidos para a Casa de Custódia de Piraquara (CCP). A prisão é temporária por cinco dias.

A reportagem não conseguiu, até o fechamento da matéria, contato com os postos de combustível.

Fonte: G1 - Paraná

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