Mais da metade dos municípios do Paraná registrou saldos positivos de emprego em fevereiro.
Das 399 cidades no Estado, 269 - ou 67,4% delas, geraram vagas no mês passado.
Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, levantados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes).
O Estado registrou em fevereiro um saldo positivo de 9.962 vagas. Foi o segundo mês consecutivo de aumento na geração de emprego. O volume foi o dobro do registrado em janeiro (4.973).
Entre os Estados, o Paraná foi o segundo com maior distribuição da geração de vagas entre os municípios, só perdendo para o Mato Grosso do Sul, com 68,4% dos seus 74 municípios com saldo positivo.
"Finalmente há sinais consistentes de reaquecimento da atividade econômica. Passamos pela fase mais difícil e o Paraná está pronto para a retomada", comentou o governador Beto Richa.
"Os indicadores econômicos, especialmente inflação e emprego, melhoraram. O Estado mantém sua solidez fiscal e a safra recorde deste ano vai contribuir para acelerar o reaquecimento da economia", acrescentou Richa.
Dos 100 municípios com maior saldo de vagas no País em fevereiro, 12 são do Paraná. Curitiba foi a cidade que mais gerou emprego no Estado, com saldo positivo de 696 vagas. Na sequência vieram Cascavel (585), Capanema (489), Londrina (473), Toledo (414), Ibiporã (391), Francisco Beltrão (367), Rio Negro ( 366), Pato Branco (329), Maringá (322), Ponta Grossa (312) e Palotina (298).
SALÁRIOS - O ritmo de contratações também tem contribuído para uma retomada dos rendimentos. Levantamento do Ipardes mostra que o salário médio real dos admitidos cresceu 2,9% no Paraná em fevereiro de 2017, no confronto com o mesmo mês de 2016, passando de 1.363,89 para R$ 1.403,11.
"Nessa base de comparação é o maior aumento real desde meados de 2014, o que reforça a tese do arrefecimento da crise em âmbito local", diz Julio Suzuki Júnior.
Confecções, construção civil e abates geraram maiores saldos
Um outro levantamento, realizado pelo Observatório do Trabalho, ligado à Secretaria da Justiça, Trabalho e Direitos Humanos, mostra a recuperação das vagas em mais um setor no primeiro bimestre.
A confecção de peças do vestuário foi a que apresentou o maior saldo de empregos formais, com 1.349, seguida da construção civil com 1.203 postos e do abate de suínos, aves e outros pequenos animais, com 912 postos.
A ocupação que mais contratou no Estado neste início de 2017 foi a de alimentadores de linha de produção, com 1.952 postos.
A indústria de transformação somou 5.747 postos neste primeiro bimestre de 2017, e os municípios que mais contrataram neste setor foram: Rio Negro (778 postos), Toledo (515), Londrina (501), Cascavel (462), Maringá (418), Palotina (384), São José dos Pinhais (258), Araucária (240), Telêmaco Borba (239) e Matelândia (211).
Na construção civil, também no primeiro bimestre, o município que mais se destacou foi Capanema com 1.257 postos, Curitiba 641 postos e Cascavel 288 postos.
Fonte: Catve