Ouça ao vivo
Rádio Costa Oeste 106,5 FM

106,5 FM

Rádio Costa Oeste

Rádio Independência 92,7 FM

92,7 FM

Rádio Independência

Rádio Cultura 820 AM

820 AM

Rádio Cultura

Rádio Terra das Águas 93,3 FM

93,3 FM

Rádio Terra das Águas

Rádio Guaíra 89,7 FM

89,7 FM

Rádio Guaíra

Laudos de produtos recolhidos não indicam risco ao consumo, diz ministro

  • 28/03/2017
  • Foto(s): Divulgação
Laudos de produtos recolhidos não indicam risco ao consumo, diz ministro
O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, afirmou nesta segunda-feira (27) que análises feitas em amostras de alimentos produzidos por 3 dos 6 frigoríficos interditados após a Operação Carne Fraca, apontam que o consumo desses produtos não traz risco para a saúde das pessoas.

De acordo com o ministro, foram recolhidas, em supermercados de 22 estados, 174 amostras de carne produzida pelos 21 frigoríficos investigados na operação. 

Dessas 174, informou Maggi, os laudos de 12 não indicaram risco para o consumo. O resultado das demais 162 ainda não é conhecido.

Os 12 laudos cujos resultados foram divulgados nesta segunda, se referem a alimentos produzidos nas unidades de Curitiba (PR) e Jaraguá do Sul (SC) do frigorífico Peccin, e na unidade de Mineiros (GO), da BRF.

As unidade da Peccin de Jaraguá do Sul e de Curitiba são investigadas por utilização de carne estragada em salsicha e linguiça, utilização de carne mecanicamente separada acima do permitido, uso de aditivos acima do limite ou de aditivos proibidos.

Já a unidade da BRF em Mineiros produz carne de aves, incluindo peru, e é investigada por corrupção, embaraço da fiscalização internacional e nacional e tentativa de evitar suspensão de exportação.

"Temos 12 laudos que já temos confirmação e, desses 12, nenhum apresenta qualquer perigo ao consumo humano das mercadorias que foram coletadas", disse o ministro Blairo Maggi em entrevista a jornalistas.

Interdições

Nesta segunda, o ministério elevou para 6 o número de frigoríficos investigados pela Carne Fraca e que foram interditados por suspeita de irregularidades. 

Segundo o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Luís Eduardo Rangel, as mercadorias dessas seis unidades estão recolhidas e não podem ser vendidas.

Ainda de acordo com ele, o ministério fará análise dessas mercadorias e a venda só será liberada com laudo indicando que não há problema com os produtos.

Das três unidades cuja interdição foi anunciada nesta segunda-feira, uma trabalha com farinha de osso, uma com lácteos e outra com produtos embutidos.

Segundo o ministro, um dos problemas encontrados foi percentual de amido de milho maior que o permitido na produção de salsicha. 

Nos últimos três frigoríficos interditados, o único que produz salsicha é o Souza Ramos.

No frigorifico Fábrica de Farinha de Carne Castro, que produz farinha usada em ração, foi verificada mercadoria fora do prazo. Já o frigorífico SSPMA, que produz derivados do leite, como queijos, foi interditado por dificultar a fiscalização, informou Maggi.

"Quando o fiscal chegou lá não havia ninguém para recebê-lo. Eles fecharam a planta e ninguém ficou para atender o fiscal", disse o ministro. Veja no fim deste texto o que dizem os frigoríficos interditados.

Indicações políticas

Antes de conceder a entrevista, Maggi se reuniu com os 27 superintendentes agropecuários do ministério nos estados e no Distrito Federal ??? destes, informou, 17 são indicações políticas e 10 servidores de carreira.

???Mas nenhum dos que são de carreira assumiram seus postos sem se articularem politicamente", disse o ministro. Maggi destacou que, se a indicação política é um defeito, esse defeito não é só do Ministério da Agricultura, mas da política brasileira.

"O que eu disse é que as pessoas podem ter chegado ao posto com apoio político, mas a responsabilidade deles é com o Brasil e com o Ministério da Agricultura", afirmou.

Segundo o ministro, na terça ou quarta-feira o ministério deve indicar os interventores que atuarão nas superintendências do Paraná e de Goiás.

Exportações

Blairo Maggi destacou que espera que espera um novo aumento no valor médio diário das exportações de carne brasileira, que registrou queda na semana passada, após a deflagração da Carne Fraca.

"Eu espero que ali na frente a gente vá encontrar um número invertido. Vamos ter dias que muito provavelmente vamos exportar mais do que exportamos normalmente porque tem produtos nos portos para embarcar", afirmou.

Nesta segunda, o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços divulgou que o valor médio diário de exportação de carne na semana passada foi 19% menor do que o verificado entre os dias 1º e 17 de março, antes de a Carne Fraca ter sido deflagrada.

Esse queda é reflexo das restrições que alguns países compradores de carne brasileira impuseram às importações do produto.

O governo brasileiro fará às 21h30 desta segunda uma videoconferência com o governo de Hong Kong para esclarecer dúvidas do país. Hong Kong é um dos maiores compradores de carnes brasileira e mantém paralisadas todas as importações.

O que dizem as empresas

O dono da Farinha de Carnes Castro, Valdemar Lima de Castro, disse que identificou nove cabeças de gado fora dos padrões exigidos pelo Ministério da Agricultura em seu frigorífico, o que causou a interdição.

Segundo ele, porém, a culpa é da empresa que lhe forneceu as peças, cujo nome não foi revelado. Castro disse que o problema verificado na empresa é "muito pequeno" e não deveria causar uma interdição. Para ele, uma notificação ou uma multa seriam suficientes.

Castro afirmou que já está tomando as providências para que o frigorífico seja reaberto e para que o problema não se repita.

A Industria de Laticínios SSPMA Ltda informou que "é reconhecida por produzir há mais de 20 anos produtos de qualidade no mercado brasileiro de queijos". A empresa alega perseguição e diz que a interdição "não se justifica."

"No ano passado, infelizmente, [o SSPMA] passou a ser perseguido de forma abusiva e arbitrária por fiscais inescrupulosos. A interdição não se justifica, pois nossa produção atende a todas as certificações e padrões de qualidade e segurança de alimentos, absolutamente dentro dos padrões exigidos pela legislação", informou em nota.

"A empresa tem certeza que tudo isso será demonstrado durante as investigações e pede o rápido esclarecimento dos fatos", completou.

Fonte: G1

Envie sua Notícia, vídeo, foto
(45)99829-9557