A seleção brasileira é líder das eliminatórias sul-americanas, foi a primeira a garantir sua vaga na Copa do Mundo de 2018, está no topo do ranking da Fifa novamente e vive uma série inédita de ficar nove vitórias seguidas sob o comando de um mesmo técnico. Tudo isso aliado ao resgate do bom futebol, do apoio popular e do clima revigorado dentro do grupo de atletas.
Mas, nada disso é o suficiente para que os 7 a 1 tomados diante da Alemanha no último Mundial, em casa, sejam esquecidos. O reencontro está marcado. Dia 27 de março do ano que vem, um amistoso em Berlim colocará os brasileiros frente a frente com os responsáveis pelo seu maior vexame.
E Tite garante que o a equipe canarinho está pronta.
"Quando chegar a hora nós vamos estar preparados para enfrentar a Alemanha. Temos um tempo todo de afirmação, de eu melhorar, de conhecer atletas, de dar oportunidade para jogar", avisou o treinador, em entrevista à TV Gazeta.
Tido como maior responsável por essa reviravolta na seleção e grande esperança para que o Brasil conquiste o Hexa, na Rússia, Tite também revelou que a partir de agora é que passará a estudar com mais atenção seus possíveis adversários durante a campanha na Copa do Mundo.
"Primeiro, o que mais me deixa orgulho é a forma como a seleção está jogando. O desempenho. Segundo, eu vou começar agora também a me oportunizar a entrar nas outras seleções. A França tem um time jovem, mas de muita velocidade e técnica, a Bélgica, talvez, é a melhor geração da história, Alemanha está reciclando, saindo alguns jogadores importantes, trazendo outros, mas vou ter agora uma condição melhor de avaliação. A Espanha mantém a qualidade, mesmo saindo alguns atletas, Itália sempre forte", analisou, evitando apontar a melhor entre todas.
Ao ser questionados sobre a braçadeira de capitão, que voltou a ser utilizado por Neymar no duelo contra o Paraguai, em São Paulo, depois do atacante ter sofrido muitas críticas no passado por causa do posto de líder, Tite revelou como tudo aconteceu para que o camisa 10 voltasse a ser o representante do grupo dentro de uma partida.
"Jogador em evolução tanto no aspecto técnico quanto de maturidade pessoal. Eu vinha observando e depois das Olimpíadas ele me chamou e disse que não queria mais ser capitão. Deixei o tempo passar, falei que ele era referência em nível técnico e que ele viesse me procurar quando se sentisse pronto", contou, antes de completar.
"Uma semana depois, ele veio e me disse: 'Pode contar comigo'. Afirmei que queria revezar a faixa de capitão, mas que contava com ele para esse papel de liderança. Antes do jogo na Arena (Corinthians), o chamei e falei: você merece ser capitão, fez por merecer. Ele agradeceu, disse que estava feliz e queria ser capitão".
Toda essa atmosfera criada, a bola relação com todos e o fato dos atletas, principalmente, terem aceito e acolhido Tite de uma forma tão respeitosa e positiva, pode dar margem para que alguém cite a Seleção de hoje como uma ?família?, termo que ficou conhecido à época de Luis Felipe Scolari, mas, o atual comandante garantiu de refutar rapidamente o termo.
"Família eu só tenho uma. ?? a minha esposa, meu filho e minha filha. O resto são relações profissionais que você coloca no teu grupo e no teu trabalho", concluiu.
Fonte: ESPN