O nome da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) aparece em um pedidos de inquérito enviado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) com base em delações de ex-executivos da Odebrecht. Ela é suspeita de receber pagamentos para três campanhas eleitorais, segundo os delatores da Odebrecht Benedicto Barbosa da Silva Júnior, Marcelo Bahia Odebrecht e Valter Luis Arruda Lana.
As campanhas citadas pelos delatores são em: 2008 para a Prefeitura de Curitiba, 2010 para o Senado, e 2014 para o governo do Paraná. Os pagamentos, ainda de acordo com os delatores, teriam sido feitos a pedido do marido de Gleisi, Paulo Bernardo, que foi ministro dos governos de Lula e Dilma.
Conforme a petição do STF, os colaboradores relataram repasse de R$ 5 milhões em 2014, que estaria relacionado à abertura de crédito de R$ 50 milhões pertencentes à linha de financiamento à exportação de bens e serviços entre Brasil e Angola, medida econômica que teria beneficiado o Grupo Odebrecht.
O repasse, segundo a narração dos delatores, teria sido feito pelo Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht. O setor era o local usado pela empresa para operar o repasse de quantias de propina a políticos e funcionários públicos.
Durante a 23ª fase da Operação Lava Jato, foi apreendida a chamada planilha da Odebrecht, onde constavam vários apelidos, nomes de políticos e de partidos. A lista estava na casa Benedicto Júnior, ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura.
Outro lado
Em nota, Gleisi disse que "não tem informação sobre isso, desconhecendo a que se refere".
Veja a nota na íntegra:
???A senadora Gleisi Hoffmann não tem informação sobre isso, desconhecendo a que se refere. Ela se pronunciará quando tiver informações oficiais a respeito. Desde já reitera que suas doações de campanha constam das prestações de contas aprovadas pelo TRE.???
A advogada Verônica Sterman, que defende Paulo Bernardo, disse que o cliente nega envolvimento nesses fatos e reitera que nunca solicitou qualquer vantagem indevida para quem quer que seja.
Fonte: G1