A expectativa era grande. Jackson Follmann esperava há dois meses pela prótese definitiva na perna direita. Enfim o equipamento chegou da Islândia, e o goleiro da Chapecoense, um dos sobreviventes da tragédia aérea do ano passado, esteve em uma clínica de Campinas para testá-lo.
A nova tecnologia permite mobilidade no pé, como se Follmann tivesse um tornozelo mecânico flexível. Além disso, a prótese tem um sistema que permite melhorar a caminhada. Ele subiu e desceu escadas. Também ameaçou uma corrida e, no fim, aprovou o novo pé.
Após meses de muito sofrimento, ele pôde até matar a saudade de uma antiga paixão e arriscou alguns chutes em uma bola. Quem poderia imaginar uma situação assim para quem, aos 24 anos, teve a perna direita parcialmente amputada e perdeu o movimento do tornozelo da esquerda - sem contar as 13 fraturas, mas sempre mantendo o sorriso no rosto e a esperança. Agora, ele sonha em praticar vôlei. Ou até mesmo voltar ao futebol.
- Vivo um dia de cada vez. Tudo pode acontecer. Eu procuro curtir a vida - afirmou.
Fonte: Globoesporte