O Novo Hamburgo chegou lá. Dono da melhor campanha do Gauchão 2017, a equipe do Vale do Sinos segurou o Inter e conquistou o inédito título estadual ao superar os colorados nos pênaltis por 3a 1. No tempo normal, os dois times empataram em 1 a 1, no estádio Centenário, em Caxias do Sul, neste domingo.
Novo Hamburgo mostra força
O cronômetro não havia chegado a um minuto e o Novo Hamburgo já deu mostras de que exploraria o fato de Danilo Fernandes não estar 100% na partida. Ainda que os dois lances estivessem em impedimento, o Anilado envolvera a defesa colorada nas chegadas. O Inter foi entrar no jogo só aos 5, quando D'Alessandro obrigou Matheus a sair do gol para segurar firme o cruzamento. Três minutos depois, D'Alessandro cobrou falta e só não correu para o abraço, porque Matheus voou para espalmar.
Mas o Novo Hamburgo não ficaria apenas assistindo. Aos 11, respondeu também em cobrança de falta. Jardel mandou cruzado e a bola foi passando por todo mundo até sair pela linha de fundo rente à trave direita de Danilo Fernandes. Jogando no sacrifício, Danilo quase comprometeu a defesa aos 17 ao caçar borboletas em cruzamento na área. Em seguida, porém, não teve o que fazer em novo levantamento, o qual Ernando se atrapalhou e cabeceou no contrapé do camisa 1, abrindo o placar no Centenário.
O gol sofrido aos 21 desconsertou o Inter, cuja melhor tentativa de reação ocorreu somente aos 29, quando Nico e Brenner acertaram uma tabela dentro da área, mas o lance foi invalidado por impedimento. Na chance que valeu, aos 35, Nico tentou de trivela um chute que acabou se perdendo pela linha de fundo. Sem maiores problemas, a equipe de Beto Campos desceu ao intervalo a 45 minutos de uma conquista inédita.
Inter volta com tudo
Mas o Inter voltou outro para o segundo tempo. Ernando deu lugar a Carlos, recuando Uendel para a lateral. A alteração deixou o time colorado bastante ofensivo e obrigando o Novo Hamburgo a recuar. O abafa deu certo. Em escanteio aos 3, D'Alessandro levantou na entrada da pequena área e uma confusão se armou. A bola se ofereceu para Rodrigo Dourado, que, num chute firme, venceu Matheus e deixou tudo igual no placar.
Como o empate não garantia o almejado hepta, o Inter seguiu com o pé no acelerador, mesmo que com dificuldade em superar a marcação da zaga anilada. Carlos desperdiçou grande chance aos 17. Em cruzamento da esquerda, o atacante recebeu às costas de Assis, dominou e chutou forte, mas por cima. Logo depois foi a vez de Uendel entrar pela esquerda e arriscar e igualmente mandar sobre o travessão.
O Novo Hamburgo teve um respiro a partir dos 26, quando Assis recebeu no cruzamento e jogou na área, onde Julio Santos testou forte, mas para fora. No minuto seguinte, Lucas Santos ??? que entrara na vaga de Branquinho ??? teve a chance, mas acertou a grua da TV, furando a bola. O atacante ainda teve outra oportunidade aos 30, quando invadiu a área e tentou deslocar Danilo Fernandes, mas, de rosto, o goleiro desviou.
Zago, então, mandou o Inter à frente novamente ao escalar Valdívia no lugar de Edenilson. A pressão voltou a ser vermelha, que teve ótima chance aos 39, no erro na saída de Matheus. Uendel conseguiu desviar, mas, antes da chegada do de Carlos, Julio Santos jogou para escanteio. Nos acréscimos, D'Alessandro acionou William, livre, só que o lateral se atrapalhou no domínio e foi desarmado para Matheus. A decisão do Gauchão, enfim, foi mesmo para as penalidades máximas.
Inter falha nos pênaltis
Em sua terceira decisão de pênaltis no ano, o Inter falhou. D'Alessandro teve responsabilidade de dar o início, mas o jogador deu o prenúncio da derrota: mandou para fora. Na sequência, João Paulo abriu a contagem. Em seguida, sequência de erros: Cuesta e Nico López erraram e Léo, do Novo Hamburgo, também. Julio Santos fez o segundo do Novo Hamburgo na sequência e o título só não foi definido a seguir, porque William marcou. Mas o título era para ser azul: Pablo fechou o marcador na sequência e definiu o Novo Hamburgo campeão: 3 a 1 nos pênaltis.
Fonte: Correio do Povo