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Rádio Costa Oeste
O Supremo Tribunal Federal divulgou os áudios gravados pelo empresário
Joesley Batista, sócio da JBS. Esta é a conversa completa que ele teve com o
presidente Michel Temer no dia 7 de março. Na sequência, editamos o trecho em
que eles falam sobre Eduardo Cunha e o ponto em que o presidente aprovaria o
fato de Joesley ter feito de tudo para acertar as contas com Cunha para ficar
de bem com ele.
DIÁLOGO CONTEXTUALIZADO
Joesley Batista: Eu quero primeiro dizer o seguinte: tamo junto. O que você precisar de mim, viu, me fala. Eu queria te ouvir um pouco, como você tá nessa situação toda aí do Eduardo?
Michel Temer: O Eduardo, ele veio me fustigar.
Joesley: Mas como é que tá essa relação?
Temer: ... indeferiu 21 perguntas dele que não tem nada a ver com a defesa dele.
Joesley: Eu queria falar assim... dentro do possível eu fiz o máximo que deu ali, zerei tudo o que tinha de alguma pendência daqui pra ali, zerou, tal, tal. [inaudível] E ele foi firme em cima e já tava lá. Veio, cobrou, tal, tal, tal. Pronto. Acelerei o passo e tirei da frente. O outro menino E o companheiro dele que tá aqui, né.
Temer: O Lúcio, né?
Joesley: Isso, isso. O Geddel é que andava sempre ali. Mas com esse negócio, eu perdi o contato porque ele virou investigado, agora eu não posso encontrar ele.
Temer: Seria obstrução de justiça, né?
Joesley: E esses negócios do vazamento? O telefone lá do [inaudível], do Geddel volta e meio citava alguma coisa meio tangenciando a nós, não sei o que. Eu tô lá me defendendo. Que que eu mais ou menos dei conta de fazer até agora. Eu tô de bem com o Eduardo.
Temer: Tem que manter isso, viu?
Joesley: [inaudível] Eu tô segurando as pontas por aí. Tô meio enrolado no processo assim. Isso, isso, sou investigado, não tenho ainda denúncia. Eu dei conta de um lado do juiz pra dar uma segurada, de outro lado o juiz substituto, que é o cara que fica. Eu consegui calar a boca dentro da força tarefa, que também tá me dando informação. E eu tô pra dar conta de trocar o procurador que tá atrás de mim.
Ouça os áudios na sequencia.
Fonte: Alex Moreno/Gazeta do Povo