A Anvisa realiza nesta terça-feira (6), em Curitiba e Região Metropolitana, a segunda fase da ???Operação Fake???. A ação mira cinco empresas suspeitas de fabricar implantes dentários falsificados. A operação tem o apoio da Polícia Federal e das vigilâncias sanitárias do estado do Paraná e do município de Curitiba.
A ???Operação Fake??? já apreendeu cerca de 75 mil implantes falsificados em São Paulo, Goiânia e João Pessoa. As peças seriam distribuídas para todo o Brasil e até mesmo para o exterior. Denúncias da Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos e Odontológicos (Abimo) levaram à deflagração da operação.
De acordo com a Abimo, foram apreendidos 200 mil implantes odontológicos. As apreensões ocorreram em duas empresas de Curitiba e uma de Pinhais (RMC). Os estabelecimentos são clandestinos e não têm qualquer registro ou certificado de qualidade.
Fábricas clandestinas
A primeira fase da ???Operação Fake??? foi deflagrada pela Anvisa em 2016. Três empresas clandestinas foram fechadas, além de uma clínica de implantes e uma escola. Uma das apreensões foi feita em João Pessoa (PB), onde duas clínicas odontológicas foram interditadas por irregularidades. Já no município de Valinhos (SP) foram encontradas em outra fábrica clandestina várias máquinas usadas tanto para produzir as próteses como também peças de carro.
As peças eram produzidas sem as mínimas condições de higiene. Além da fabricação irregular, os fiscais constataram pirataria: os donos da fábrica faziam cópias de peças e dos nomes de fabricantes licenciados. Muitos documentos, inclusive um panfleto com autorização falsificada da Anvisa, também foram apreendidos.
Riscos
Dos mais de 2 milhões de implantes feitos no país, 30% são feitos com produtos sem procedência, sem o conhecimento do consumidor, diz a Abimo. A prática pode causar danos à saúde dos pacientes que vão desde rejeição do implante até inflamações infecções graves, podendo levar, inclusive, à morte.
O uso de implantes dentários falsificados pode provocar sérios riscos à saúde do paciente, como rejeição, perda óssea, infecções, entre outros. Falsificar implante é crime hediondo, previsto no artigo nº 273 do Código Penal, podendo acarretar penas de dez a 15 anos de reclusão.
Fonte: Massa News