Esta quarta-feira marca exatamente um ano para o início da Copa do Mundo na Rússia. No dia 14 de junho de 2018, a bola irá rolar no estádio Luzhniki para a primeira das 64 partidas do mundial. Com doze meses de preparação pela frente, o país ainda tem um longo caminho a percorrer.
Os mais de US$ 11 bilhões (R$ 36,5 bilhões) investidos em arenas estão agradando a Fifa. O presidente da entidade, Gianni Infantino, gostou do que viu em sua última visita a Moscou. Porém, apenas quatro dos 12 estádios que irão receber o mundial estão prontos.
São exatamente esses quatro lugares que sediarão as partidas da Copa das Confederações, evento-teste que se inicia neste sábado: Sochi, que construiu sua arena para a Olimpíada de Inverno de 2014; Kazan, que fez o mesmo para a Universíade de 2013; Moscou, no Spartak Stadium; e São Petesburgo.
As outras oito sedes ainda se encontram em obras. Uma delas, na cidade de Samara, só deve ficar pronta em 2018 segundo admite o próprio governo.
Mesmo entre as arenas finalizadas, há problemas sérios. A Zenit Arena de São Petesburgo demorou 10 anos para ser construída, estourou o orçamento e custou mais de 670 milhões de euros (aproximadamente R$ 2,5 bi na cotação atual).
Apesar do gasto faraônico, o gramado teve que ser trocado a menos de um mês da Copa das Confederações. Essa é uma tendência, afinal, o clima frio da Rússia não ajuda o cultivo dos campos de jogo.
Iniciada em 2007, a edificação da Zenit Arena foi cercada por investigações contra corrupção e trabalho ilegal oriundo da Coreia do Norte. Em 2016, a obra com capacidade para 68 mil pessoas teve até de trocar de construtora.
Outra sede de gasto bilionário é Moscou. Além do Spartak Stadium, a cidade também contará com o Luzhniki - antigo Estádio Central Lênin. Palco de jogo de abertura, semifinal e final, o campo que já presenciou decisão de Champions League em 2008 e Olimpíada em 1980 foi reformado por R$ 1,9 bilhão.
Tão importante quanto os estádios é a estrutura das cidades. Diferente da Copa do Mundo no Brasil, desta vez as sedes ficarão em só uma região do gigantesco território russo: a europeia. A decisão facilita a locomoção das seleções e dos torcedores.
Porém, as distâncias ainda são consideráveis e o principal meio de transporte será o avião. Apenas duas sedes têm trens expressos para Moscou e os aeroportos estão sendo reformados - com atraso. De Kaliningrado a Ecaterimburgo, por exemplo, o voo de mais de 3.000 km pode se aproximar das seis horas.
O transporte também é uma questão dentro das cidades. Em São Petesburgo, as estações de metrô que levarão ao estádio ainda não foram finalizadas.
Fonte: ESPN