Cuca se esforçou para não criar um clima de terra arrasada após o empate do Palmeiras com o Cruzeiro no Mineirão, por 1 a 1, que eliminou a equipe paulista nas quartas de final da Copa do Brasil - o jogo no Allianz Parque foi 3 a 3 e os mineiros avançaram por terem feito mais gols fora de casa.
- A gente sente muito a derrota porque tinha a classificação na mão. Não estávamos sendo atacados a ponto de correr o risco de tomar o gol. Fica a dor, mas comandante tem de administrar, não tem de achar culpado. Lá dentro, eu cobro amanhã tudo o que tiver que cobrar. Mas tudo que Deus faz é bom. Se não foi para passar hoje, é para ter mais energia em outra situação. Queria ir adiante e ganhar a Copa do Brasil, mas não deu. O Cruzeiro passou, mas não vamos fazer terra arrasada, vamos continuar melhorando. Se não toma o gol no fim, estão todos de parabéns. Temos de dividir e controlar. Nem tudo nem nada. Podemos melhorar - disse o treinador, que detectou falta de maturidade da equipe no lance do gol de Diogo Barbosa.
- Depois que fizemos o gol, o Cruzeiro tinha campo, mas não lembro de uma defesa do Jailson. Não foi um sufoco para que o Cruzeiro merecesse o gol. Foi em uma jogada casual, com o lateral-esquerdo de centroavante, depois dos 40 minutos. Faltou para nós um pouquinho de maturidade de sofrer o fim do jogo. Porque não estávamos sofrendo. Mesmo bem posicionados, com a maioria dos jogadores, acabamos tomando o gol.
Cuca também não buscou eleger culpados no setor ofensivo. Quando o Palmeiras vencia por 1 a 0, Egídio desperdiçou um contra-ataque ao tentar encobrir o goleiro Fábio. O técnico defendeu seu lateral-esquerdo:
- A gente não pode criticar o jogador, porque lá dentro ele tem uma ideia no momento, uma visão. Ele fez o que escolheu. Teve a escolha errada, mas não foi por maldade que fez isso. Se toca a bola poderia sair o gol, era o mais certo, mas não fez. Não é por isso que tomamos o gol. Não adianta individualizar um jogador e culpar pela derrota, pelo contrário - disse.
Fonte: Lance