Há mais de 7 anos, estava sendo inaugurada a sede própria do Conselho de Desenvolvimento dos Lindeiros, junto ao escritório da Itaipu Binacional em Santa Helena, onde aliás, funciona também o IAP, Instituto Ambiental do Paraná.

Este conselho reúne os municípios da região da costa oeste do Paraná, que foram atingidos pela formação do reservatório da usina hidroelétrica de Itaipu e também Mundo Novo do Mato Grosso do Sul.

A entidade conglomera, além dos municípios através de seus respectivos mandatários, também as associações comerciais e as câmaras, cuja representatividade no foro do conselho, se dá respectivamente por seus presidentes.

Conversava na ocasião com o então diretor de Coordenação da Itaipu, Nelton Miguel Friedrich que saiu recentemente desta função. Numa entrevista abordei o tema da busca de alternativas para o crescimento do aspecto piscoso do lago.

Com a propriedade de quem tem experiência com a questão, o coordenador disse que a criação de peixe em cativeiro, através dos tanques-rede, deverá, junto com outras atitudes, tornar o lago mais atrativo para a pesca, com o aumento da oferta de peixes, principalmente para pescadores esportivos.

Há de se conciliar a criação confinada com a pesca artesanal, cuja vocação dos profissionais do setor, não pode ser abruptamente terminada.

O Conselho dos Lindeiros, em conjunto com Itaipu, IAP e outros órgãos precisam tocar adiante este desafio. Um dado interessantíssimo passado por Friedrich: precisa só meio por cento da lâmina d’água do lago para produzir vinte vezes mais peixe através dos tanques-rede.

O que está faltando é este mecanismo ser adotado culturalmente pelas nossas autoridades e principalmente, os pescadores, que aumentariam a renda e o volume de peixes no lago.

Seríamos um centro atrativo da pesca esportiva e os turistas que gastam bastante dinheiro teriam como destino, Santa Helena e todos os outros municípios banhados pelo lago.

Fonte: Elder Boff