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Rádio Costa Oeste
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (23) a Operação Abate II, considerada a 45ª fase da Operação Lava Jato. A ação é continuidade das etapas recentes, realizadas na última sexta-feira (18). Na ocasião, o ex-deputado federal Cândido Vaccarezza foi preso temporariamente, suspeito de receber quase US$ 500 mil em propina, conforme o Ministério Público Federal (MPF).
Nesta terça-feira (22), o juiz Sérgio Moro decidiu liberá-lo, mediante pagamento de fiança, após a defesa alegar que Vaccarezza está em tratamento médico. A Polícia Federal e o MPF chegaram a solicitar à Justiça a conversão da prisão temporária em preventiva, mas Moro negou a solicitação.
O ex-deputado, quando preso, tinha R$ 122 mil. Ele não explicou a origem dos recursos aos policiais. No entanto, a sua defesa informou nesta terça-feira à Justiça que o dinheiro foi emprestado para o custeio de exames e demais procedimentos.
Desta vez, na continuidade das investigações, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão nas cidades de Salvador (BA), Brasília (DF) e Cotia (SP). Segundo a PF, houve a identificação da participação de novos interlocutores que atuaram junto a Petrobras para favorecer a contratação de uma empresa e, por conta disto, receber pagamentos ilegais.
A Polícia Federal informou que, a partir do material obtido nas 43ª e 44ª fases da Operação Lava Jato, foi detectada a participação de dois advogados em reuniões nas quais o esquema de pagamento de propina teria sido planejado. Eles também teriam recebido comissões pela contratação de uma empresa. O dinheiro foi repassado para contas mantidas na Suíça.
De acordo com a PF, também foi detectada a participação de Cândido Vaccarezza e de sua assistente na prática dos crimes e no recebimento de pagamentos indevidos. Mais detalhes sobre a 45ª fase da Operação Lava Jato serão repassados ainda nesta quarta-feira pela Polícia Federal.
Fonte: Massa News / Agência Brasil