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Rádio Costa Oeste
Hoje completa um ano certinho, 31 de agosto, que Dilma Rousseff foi afastada definitivamente pelo Senado, do cargo de presidente da República, ela que vivenciava o seu segundo mandato.
Foram seis dias de julgamentos, com intensos debates, acirramento de ânimos e por 61 a 20, Dilma perdeu o cargo definitivamente.
Dentre que votaram a favor do impeachment , muitos haviam sido ministros da própria presidente: Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), Eduardo Braga (PMDB-AM), Marta Suplicy (PMDB-SP), Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), Eduardo Lopes (PRB-RJ) e Edison Lobão (PMDB-MA), pra ver que em política, uma um está com fulano, outra lhe vira as costas.
Logo após o resultado, o líder do governo Temer no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), defendeu a perda do mandato de Dilma, dizendo que “ Esse Senado não protagonizou nenhuma farsa. Não uma farsa, talvez, no máximo, um filme e que vai terminar num plano fixo: FIM. Estamos aplicando a Constituição, que diz que essas penas devem ser aplicadas conjuntamente” - disse ele.
Primeira a sair após a sessão, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) lamentou o impeachment em um breve pronunciamento, dizendo que “Esse afastamento é uma tragédia para a Constituição e para o país”.
Ela afirmou ainda que o Senado ficará marcado para a história como "golpista". A senadora se recusou a responder perguntas.
Dilma foi a segunda presidente eleita após a redemocratização do país a não concluir seu mandato. O primeiro foi o hoje senador Fernando Collor de Mello, que sofreu o impeachment em 1992.
Primeira mulher a ocupar o mais alto cargo político do país, Dilma assumiu a Presidência, em seu primeiro mandato, no dia 1º de janeiro de 2011 sem nunca ter concorrido antes a uma eleição.
Em 2014, foi reeleita com uma diferença de 3,3%, ou seja, de 3,5 milhões de votos, em uma disputa acirrada.
Durante seu segundo mandato, Dilma enfrentou dificuldades políticas, em meio à crise econômica, à queda de sua popularidade e a escândalos de corrupção envolvendo integrantes de seu governo. O impeachment encerrou um ciclo de mais de 13 anos do Partido dos Trabalhadores no comando do Governo Federal.
Fonte: Elder Boff com inf. O Globo