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Vazamento seletivo: A quem interessa?

  • 05/09/2017
  • Foto(s): Facebook
Vazamento seletivo: A quem interessa?

Como era de se esperar, o governador Beto Richa se manifestou na mídia a respeito das acusações feitas pelo dono da construtora Valor, Eduardo Lopes de Souza na delação que acabou mexendo com as estruturas do Palácio Iguaçu.

Richa foi veemente e chamou  Souza de “criminoso contumaz” e reafirmando que vai mover um processo judicial contra o delator.

“Nunca estive com ele, nunca pedi nada para ele, nunca autorizei ninguém que pedisse alguma coisa para ele”, afirmou o governador.

Richa negou todas as acusações feitas por Souza contra ele e também contra integrantes de seu governo. Para o governador, a delação é uma “narrativa fantasiosa”, já que o delator até agora não apresentou provas que sustentem as acusações. “Não trabalhamos com caixa 2”, defendeu-se.

Beto fez questão de se manifestar ao lado da esposa, Fernanda Richa, afirmando que vai responder judicialmente às acusações. “Ninguém vai mexer com a honra da minha família impunemente. Vou cobrar na Justiça os meus detratores”, afirmou. Na delação, o dono da construtora Valor afirmou que o dinheiro também beneficiaria a campanha do irmão do governador, Pepe Richa, e do filho, Marcello Richa.

“Vocês não podem transformar um criminoso, que assaltou os cofres do estado, em herói só porque ele entregou o governador do estado em uma mentira, uma acusação falsa que ele fez”, disse.

A delação não foi homologada pela Justiça.

O delator Eduardo Lopes de Souza, da Construtora Valor, não apresentou uma única prova objetiva, material, de suas denúncias que envolvem meio mundo da política do Paraná, inclusive o governador Beto Richa. Nada. E ele mesmo diz que as provas que poderia ter foram destruídas por “precaução”. Mesmo assim, sua delação “vazou” segundo a conveniência política e negocial de quem opera nesta outra atividade criminosa, a de forçar a barra contra inimigos escolhidos a dedo.

Até agora, ao que se sabe Lopes de Souza é um delator sem provas, mas com muita argúcia política.

Sem ser homologada a delação vasou, como aquela da JBS que seria para incriminar o presidente Temer.

Cabem também as perguntas: quem vazou? Qual seu interesse? A quem serve?

Mais uma vez a fórmula foi aplicada. A denúncia vaza seletivamente, é entregue seletivamente para um veículo de comunicação que se dá ares de imprensa investigativa, e prejudica a imagem do desafeto.

Fonte: Elder Boff (Com inf. G1 e F. Campana)

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