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Rádio Costa Oeste
O dia 10 de setembro foi marcado pelo Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, por isso o mês de setembro é dedicado a campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio e tem o objetivo direto de alertar a população a respeito da realidade do suicídio no Brasil e no mundo e também suas formas de prevenção. Segundo estimativas a cada 45 segundos uma pessoa comete suicídio no Brasil e tudo indica que em 2020 haverá um aumento de 50% dos casos de suicídio em todo o mundo. Este é um dado alarmante, por isso é preciso ficar atento às falas: “Eu queria dormir para sempre”. “Eu não aguento mais a vida”. “Não tenho mais vontade de viver”.
A psicóloga Andréia Nimet que atua no CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), atende várias pessoas que possuem a intenção de cometer suicídio. Ela explica que é preciso ficar atento a sinais e comportamentos apresentados.
“Buscar o diálogo aberto e a compreensão, além de oferecer soluções simples para os problemas que relatar, cuidando para não reprimir ou julgar, é uma atitude que pode fazer a diferença”, diz.
Cuidados
Se a pessoa falar claramente sobre os seus planos de se matar e parecer estar decidida quanto a isso, é primordial que ela não seja deixada sozinha. Podem ser contatados os serviços de saúde mental e familiares/amigos da pessoa. Pode ser necessário que ela fique em um ambiente seguro, sendo auxiliada por um profissional.
Doença associada pode levar a pessoa a cometer o suicídio
A depressão que tem como sintomas tristeza profunda, angústia, sentimento de culpa, crises de choro sem motivos aparentes, insônia e deve em seu estágio inicial. Outras situações onde a pessoa busca no suicídio o alívio para sua dor como em casos de luto, problemas conjugais, ou de saúde. A psicóloga orienta buscar ajuda especializada.
Serviços que devem ser buscados
Caso alguém tenha um familiar que esteja apresentando esses sintomas, além de buscar acompanhamento psicológico tanto para o paciente quanto para a família para entender como lidar com a situação, muitas vezes é necessário o uso de medicamentos prescritos por um médico psiquiatra. Além disso, há o Centro de Valorização à Vida que presta serviço voluntário e gratuito de apoio emocional para todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, prevenindo o suicídio. E pode-se entrar em contato pelo telefone 141 ou pelo próprio site www.cvv.org.br
CAPS
O CAPS atua por meio da Secretaria Municipal de Saúde. Os encaminhamentos são realizados por prescrição médica. A Dra. Andréia faz o acompanhamento psicológico do paciente e em casos iminentes, conversa com o paciente para assinar um Contrato Terapêutico Anti-Suicídio. “As pessoas deixam de tirar a vida, por lembrar que assinaram esse termo”, conta.
Conforme Andréia, o tratamento pode ser longo, mas a cada dia há uma melhora e com o tempo, retomam as suas atividades. “É preciso diálogo e atenção redobrada. Tudo é possível quando em tempo são acompanhadas psicologicamente”, finaliza.
Fonte: Assessoria