Tenho amigos de sobrenome Batista que não tem nada a ver com algumas histórias que envolvem este sobrenome.

Também não tenho nada a ver com o Leonardo Boff, teólogo da libertação, que fez acordo pra não ser excomungado da Igreja Católica com o ex-papa (diríamos papa emérito) Bento VI quando era um dos chefes do Vaticano e respondia só pelo nome de cardeal Joseph Aloisius Ratzinger.

Encontrei o Boff famoso um dia no Cultivando Água Boa em Foz e ele observou minhas orelhas. Disse que éramos parentes.

Os parentes, mesmo de longe, tem o mesmo tipo de orelha, o mesmo desenho.

Não vou olhar nas orelhas dos “Batistas” que conheço pra lá e pra cá e comparar com as de Joesley e Wesley que foram presos em função de toda aquela lama envolvendo denúncias de corrupção no governo central, com lances pitorescos de delações nebulosas.

Nem com as do outro Batista, o Eike, que teve fiança, eu disse fiança, de 52 milhões de reais para permanecer em prisão domiciliar.

Preferiria comparar as orelhas dos amigos com as do jogador Batista, hoje arremedo de comentarista no Sportv, o rei do óbvio.

Ou então, com outro Batista, que só trás alegria para o povão, o Amado. O Batista mais amado do Brasil, que, com 40 anos de carreira, cerca de 35 milhões de discos vendidos e vídeos que ultrapassam 1 bilhão de visualizações na internet, é um dos grandes ícones da música romântica nacional.

Ele que foi preso e torturado durante a ditadura militar e disse preferir a ditadura à essa anarquia que está hoje.

Amado foi preso durante a ditadura porque trabalhava em uma livraria e deixava os intelectuais lerem os livros proibidos (pela censura).

Segundo ele, foi um mês de tortura e um mês de descanso ao mesmo tempo.

Acho que ele devia se torturar de ficar preso a uma biblioteca o tempo todo, quando sua vocação era voar pelo Brasil fazendo shows intermitentemente.

Alo “Batistas”... Se orgulhem de suas orelhas!

Fonte: Elder Boff