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Rádio Costa Oeste
(Os juízes Sérgio Moro e Marcelo Bretas participam da pré-estreia do filme ''Polícia Federal - A Lei é Para Todos'', em Curitiba)
O juiz Sérgio Moro está mais famoso do que Tom Cruise. O filme sobre a Lava-Jato é o segundo mais visto no Brasil, pouco mais de duas semanas após o lançamento, cuja avant première foi com presença do próprio num cinema de Curitiba.
O filme “Polícia Federal – A lei é para todos” tá que tá nas bilheterias do país. Em duas semanas, o filme foi visto por 840 mil espectadores e arrecadou R$ 13,5 milhões.
A trama nacional sobre a Lava-Jato manteve-se à frente até do lançamento “Feito na América“, estrelado por Tom Cruise, com público de 197 mil espectadores na estreia, rendendo R$ 3,4 milhões.
Na frente entretanto, está IT – A coisa, de Stephen King é o primeiro lugar nas bilheterias, visto por 2,3 milhões de expectadores, arrecadando mais de 30 milhões de reais.
Os ambientes de episódios do filme são reproduzidos à risca. Do escritório de delegados da PF, do juiz Sergio Moro e casas de Marcelo Odebrecht e do ex-presidente Lula, até mesmo à tipografia usada em despachos do processo eletrônico, cenas reproduzindo CPI e depoimentos de delatores.
Logo no início da trama, a esposa do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa quase desmaia ao ser informada que ele seria preso, pegando de surpresa investigado e investigadores. Um olhar sensível para efeitos da descoberta sobre corrupção insuspeita no seio familiar é lado pouco alcançado, até aqui, nos relatos da Lava-Jato.
Outro ponto alto é a busca e apreensão na casa de Marcelo Odebrecht e a obsessão do delegado responsável em recolher seu celular antes que o investigado pudesse impedi-lo. De fato, informações do aparelho do empresário foram o mapa da mina que levou a maior empreiteira brasileira a sucumbir diante da investigação.
O diretor Marcelo Antunez afirma que Lula é o único político presente por ter sido, até março de 2016, data em que o roteiro começou a ser gestado, “o ponto principal da Lava-Jato e seu objeto de maior controversa, tanto para o bem quanto para o mal”.
— Ninguém tem a infantilidade de achar que Lula é o vilão. Não existe vilão nessa história, nem heróis. Existem envolvidos — argumentou o diretor na noite desta segunda.
Outro problema: passado um ano e meio, o caminho da Lava-Jato até abril de 2016 já não tem a mesma graça.
Teses investigativas que ficaram de lado - como a relação direta entre doações ao Instituto Lula e a concessão de empréstimos junto ao BNDES — são apresentados com mais ênfase do que outras que prosperaram e viraram ações penais sólidas, envolvendo os imóveis tríplex do Guarujá e o sítio de Atibaia, no interior de São Paulo.
Isso obviamente, porque o filme foi feito sem a Lava-Jato ter terminado e ela prosseguiu trazendo assuntos mais quentes que os que são destacados na película.
Fonte: Com inf. de O Globo e Adoro Cinema