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Rádio Costa Oeste
Uma apresentação do Festival de Dança de Londrina virou caso de polícia na noite de sábado (14). A Polícia Militar foi acionada após uma moradora ter reclamado da apresentação do artista curitibano Maikon K, no Lago Igapó.
No espetáculo DNA de Dan, ele fica nu dentro de uma bolha de sete metros, enquanto o corpo é coberto por uma substância translúcida. O próprio artista só não foi levado porque o público não permitiu o encerramento prematuro do espetáculo.
Segundo a coordenadora-geral do festival, Danieli Pereira, o espetáculo já circula por todo o Brasil há quatro anos. Na performance, o artista começa nu, mas a uma distância aproximada de 15 metros do público.
No decorrer, o gel gruda no corpo dele e, depois, começa a descamar. No último ato, quem quiser, pode ingressar na bolha.
Danieli ainda afirma que o espetáculo é aconselhável para maiores de 16 anos, idade mínima para interagir com o artista no ato final. A performance inteira dura cerca de quatro horas.
A organização do evento ainda dispôs avisos nas vias de que ocorria uma apresentação artística com nudez, para possibilitar que quem se sentisse desconfortável pudesse desviar do trajeto.
Mesmo assim, no ato final, policiais militares foram até o local da apresentação, afirmando que cumpriam um atendimento a uma reclamação de ato obsceno, feito por uma moradora que teria visto o artista da janela do apartamento.
O público impediu a aproximação da PM até o artista. No momento do incidente, havia cerca de 150 pessoas assistindo a apresentação. Um termo circunstanciado foi registrado na Delegacia da Polícia Civil pelos coordenadores do festival.
O que diz a Polícia Militar
O setor de comunicação social da Polícia Militar em Londrina informou que agentes da corporação seguiram para o Lago Igapó "para verificar uma ocorrência de ato obsceno" após receberem diversas solicitações na central de comunicação.
"Quando os policiais chegaram no evento, o povo se aglomerou em cima do apresentador e o escondeu. Os organizadores se apresentaram aos policiais e voluntariamente foram até à DP [Delegacia de Polícia] para serem ouvidos pelo delegado de plantão".
A nota da PM ainda esclarece que "à Polícia Militar compete somente o encaminhamento à Polícia Civil. A autuação ou não dos envolvidos no evento, caso haja a constatação de crimes [neste caso, ato obsceno] ocorre conforme o entendimento do delegado de plantão, o qual verifica também as devidas autorizações legais".
Fonte: O Bonde