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Suspeito de esquema que lesou o Banco do Brasil em mais de R$ 10 milhões se entrega à polícia

Empresário teve um mandado de prisão temporária expedido e se apresentou à Polícia Civil na manhã desta segunda-feira (23), em Curitiba. Ao todo, seis pessoas foram presas. O sétimo investigado permanece foragido.

Suspeito de esquema que lesou o Banco do Brasil em mais de R$ 10 milhões se entrega à polícia

O sexto alvo da Operação Sangria, que investiga um esquema de fraudes no Banco do Brasil, se entregou à Polícia Civil, em Curitiba, na manhã desta segunda-feira (23).

Paulo Rios é empresário em Goiás e estava foragido desde terça (17), quando foi deflagrada a operação. A informação foi confirmada ao G1 pelo delegado Matheus Laiola.

De acordo com as investigações, o esquema criminoso desviou R$ 10,5 milhões da instituição bancária. Até a última atualização desta reportagem, o sétimo suspeito de participação no esquema continuava foragido.

O esquema ilícito tinha participação direta do ex-gerente geral Luiz Eduardo Cardoso, que trabalhou na instituição por 17 anos e foi demitido por justa causa no ano passado, conforme a Polícia Civil.

Cardoso contava com a ajuda do contador Joilson Gomes Pires – que abria contas bancárias sem o conhecimento dos donos de empresas e com documentos falsos.

Com estes dados, Joilson repassava para o gerente geral que, por sua vez, realizava empréstimos financeiros e antecipações de títulos.

O esquema que lesou o banco durou aproximadamente dois anos, de acordo com as investigações.

Ainda segundo a Polícia Civil, Luiz Eduardo chegou a alterar o cadastro de empresários no sistema do banco, sem que os mesmos soubessem, para que as transferências bancárias fossem realizadas. Estes recursos eram transferidos, posteriormente, para contas de empresas envolvidas com a quadrilha.

Prisões prorrogadas

O ex-gerente e o contador foram presos temporariamente na terça e tiveram o prazo das prisões prorrogado por mais cinco dias. O prazo final vence na quinta-feira (26).

Depois disso, a prisão ainda pode ser convertida para preventiva, que é quando não há prazo para deixar a cadeia. Se não houver pedido de conversão por parte das autoridades, a dupla será solta.

Os demais presos na operação também tiveram o prazo da prisão temporária prorrogado.

Os mais de 50 mandados judiciais foram cumpridos em cidades do Paraná, São Paulo, Goiás e em Brasília. Os crimes investigados na operação são peculato, falsificação de documentos públicos e particulares, expedição de duplicatas simuladas, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

O que dizem as defesas

O advogado Claudionor de Matos, que defende Paulo Rios, disse que o seu cliente vai colaborar com as investigações. "Meu cliente vai, através de provas, demonstrar que, se realmente houve golpe, ele é tão vítima quanto o Banco do Brasil".

O advogado de Luiz Eduardo Cardoso, Luciano Sobieray de Oliveira, disse que só vai se manifestar após ter acesso aos autos.

A defesa do contador Joilson Gomes Pires, representada pelo advogado Marcelo Campelo, disse que ficou surpresa com a operação e que seu cliente é inocente.

Por meio de nota, o banco informou que, "após identificar indícios de irregularidades, concluiu investigações da Auditoria Interna que resultaram na demissão por justa causa de um funcionário, em junho de 2016, e na apresentação de notícia crime à polícia".

O Banco do Brasil também afirmou que seguirá colaborando com as investigações policiais para que todos os fatos sejam esclarecidos.

Fonte: G1