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Juro deve cair para 7,5% ao ano nesta quarta e baixar rendimento da poupança

Previsão de novo corte, que pode deixar Selic próxima da mínima histórica, é do mercado financeiro para a reunião do Copom, que define nesta quarta nova taxa básica de juros.

Juro deve cair para 7,5% ao ano nesta quarta e baixar rendimento da poupança

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne nesta quarta-feira (25) para definir a taxa básica de juros e a estimativa de analistas do mercado é de que a Selic será reduzida dos atuais 8,25% para 7,5% ao ano.

Se confirmada essa previsão, será o nono corte consecutivo nos juros básicos da economia, o que levará a taxa ao menor patamar desde abril de 2013, ou seja, em pouco mais de quatro anos.

Nesse patamar, a taxa também ficaria muito próxima da mínima histórica, de 7,25% ao ano, que vigorou entre outubro de 2012 e abril de 2013.

A estimativa dos analistas é que o juro continue a recuar nos próximos meses, chegando a 7% ao final deste ano, e permanecendo neste patamar até o final de 2018.

A definição da taxa de juros pelo BC tem como foco o cumprimento da meta de inflação, fixada todos os anos pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Para 2017 e para 2018, a meta central de inflação é de 4,5%, com intervalo de tolerância de dois pontos percentuais, de modo que o IPCA pode variar entre 3% e 6% nestes anos sem que a meta seja formalmente descumprida.

Normalmente, quando a inflação está alta o BC eleva a Selic na expectativa de o encarecimento do crédito freiar o consumo e, com isso, a inflação cair. Essa medida, porém, afeta a economia e gera desemprego.

Quando as estimativas para a inflação estão em linha com as metas predeterminadas pelo CMN, o BC reduz os juros. É o que está acontecendo neste momento.

Após uma longa recessão, a economia dá sinais de reaquecimento, mas os preços ainda seguem comportados por conta, também, de boas safras agrícolas.

De janeiro a setembro, segundo o IBGE, a inflação oficial, medida pelo IPCA, ficou em 1,78%, bem abaixo dos 5,51% em igual período do ano passado. Foi a menor inflação acumulada até setembro desde 1998.

Para 2017, o mercado financeiro prevê que a inflação ficará em 3,06%, abaixo da meta de 4,5% fixada pelo CMN para este ano. A meta central de inflação não é atingida no Brasil desde 2009.

Rendimento da poupança

Com o recuo da taxa básica de juros nesta quarta-feira, o rendimento da poupança também deve ficar menor a partir desta quinta (26).

Isso porque a regra atual, em vigor desde maio de 2012, prevê corte nos rendimentos da poupança quando a Selic ficar abaixo de 8,5%.

Nessa situação, a correção anual das cadernetas fica limitada a um percentual equivalente a 70% da Selic, mais a Taxa Referencial, calculada pelo BC. A norma vale apenas para depósitos feitos a partir de 4 de maio de 2012.

Se o juro básico da economia recuar para 7,5% ao ano, a partir desta quinta a correção da poupança passaria a ser de 70% desse valor - o equivalente a 5,25% ao ano, mais Taxa Referencial.

O rendimento da poupança pode ficar ainda menor caso o Copom promova novos cortes na Selic nos próximos meses - analistas consultados pelo BC estimam que os juros básicos terminem 2017 em 7% ao ano.

No fim do ano passado, dado mais recente, o país tinha mais de 148 milhões de contas poupança ativas, que concentravam R$ 658 bilhões. Em setembro deste ano, o valor já havia subido para R$ 694 bilhões.

Por que a regra mudou?

Desde 1991, a poupança rende, ao menos, 0,5% ao mês (6,17% ao ano), mais a Taxa Referencial, com exceção de um período entre maio de 2012 e julho de 2013, quando os juros básicos da economia também ficaram abaixo de 8,5% ao ano.

A medida visa evitar que a poupança fique mais atrativa que os demais investimentos, cujos rendimentos caem junto com a Selic.

Sem o redutor, a poupança passaria a atrair recursos de grandes poupadores, que deixariam de comprar títulos públicos.

Se isso acontecesse, um dos prejudicados seria o governo, que teria dificuldades para fazer a chamada "rolagem" da dívida pública, ou seja, a emissão de títulos públicos pelo Tesouro Nacional para pagar os papéis que estão vencendo.

Fonte: G1