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Campanha quer reduzir os casos de tuberculose e brucelose na região Oeste do Paraná

O objetivo é alertar sobre a importância da prevenção, visando reduzir a incidência dessas doenças.

  • 27/10/2017
  • Foto(s): Rádio Sintonia
Campanha quer reduzir os casos de tuberculose e brucelose na região Oeste do Paraná

O Conselho de Sanidade Agropecuária (CSA) de Matelândia (PR) lançou, na última quarta-feira (24), uma Campanha de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal. A iniciativa tem o apoio do Programa Oeste em Desenvolvimento (POD), da qual fazem parte a Itaipu Binacional e outras 60 instituições.

As ações de divulgação, incluindo peças publicitárias e vídeos que serão veiculados nas redes sociais, foram apresentadas a um grupo de produtores no CTG Querência Nova Matelândia. O objetivo é alertar sobre a importância da prevenção, visando reduzir a incidência dessas doenças. Pesquisas apontam que 8% do rebanho do Oeste do Paraná esteja contaminado.

Os materiais reforçam a necessidade de vacinar as bezerras bovinas e bufalinas e realizar os exames em todo o rebanho periodicamente. Lembram também que, caso não vacine adequadamente os animais na idade entre 3 e 8 meses, o produtor pode ser autuado.

“A atividade do CSA de Matelândia é elogiável e todos os municípios deveriam replicar. É possível reduzir o índice de brucelose e tuberculose nos rebanhos e minimizar os prejuízos. Conquistar um status sanitário adequado é fundamental para a nossa região. Só assim seremos mais competitivos”, disse Elias Zydek, vice-presidente do POD.

A campanha conta também com o apoio da Secretaria de Agricultura de Matelândia, Associação Comercial e Empresarial de Matelândia (Acima), Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) e Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater).

Em humanos

Segundo a médica veterinária Giovana Brückmann, tanto a brucelose quanto a tuberculose podem ser transmitidas aos seres humanos, através do leite ou carne. Ou seja, a sanidade agropecuária é também uma questão de saúde pública, não só pelo consumo dos alimentos, como também pelos riscos de contaminação humana durante o manejo dos animais.

O vice-presidente do POD destacou que nem todo produto passa pelo tratamento adequado, como a pasteurização, por exemplo, que destrói as bactérias. Assim, quem toma leite cru ou consome queijos artesanais corre maior risco de contaminação.

Outro problema é a redução da produtividade: vacas doentes produzem até 50% menos. Em casos avançados de tuberculose, há perda também das carcaças.

Sintomas

As bactérias tanto da brucelose quanto da tuberculose são transmitidas quando o ser humano entra em contato direto com alguma secreção de um com o animal infectado, quando consome carne contaminada ou inala o ar infectado. A causa mais comum é a ingestão de alimentos derivados do leite não pasteurizado.

Os sintomas da brucelose são parecidos com o da gripe, mas com alterações da memória, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dores musculares (principalmente nas costas e abdômen), fadiga, fraqueza, febre alta recorrente, tremores, entre outros. Pessoas com tuberculose sentem dores no peito e ao respirar e apresentam tosse (às vezes, com sangue), perda de peso, sudorese noturna e febre.

Fonte: Imprensa Itaipu

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