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Corinthians vira pela primeira vez e contraria sofrimento para ser hepta

Na tabela de classificação, o inalcançável heptacampeão agora computa 71 pontos

  • 16/11/2017
  • Foto(s): gazetaesportiva
  • Esportes
Corinthians vira pela primeira vez e contraria sofrimento para ser hepta

O Corinthians passou a propagar que nada “nunca foi fácil” quando enfrentou um período de instabilidade no Campeonato Brasileiro, mas a sua sétima conquista do torneio não chegou a ser difícil. Sem ter a liderança ameaçada em nenhum momento sequer do seu irregular segundo turno, o time paulista derrotou o Fluminense por 3 a 1 na noite desta quarta-feira, em Itaquera, para assegurar o troféu.

O jogo decisivo até teve ares de sofrimento. O Corinthians levou um gol de cabeça do zagueiro Henrique – novamente, de escanteio, problema crônico do time dirigido por Fábio Carille – logo no princípio do primeiro tempo. Com menos de quatro minutos da etapa complementar, porém, o centroavante Jô já havia anotado duas vezes para os donos da casa, na primeira virada corintiana no campeonato. Jadson fechou o marcador.

Os gols deixaram Jô à frente de Henrique Dourado, do próprio Fluminense, na relação de artilheiros do Brasileiro (18 a 17) – o Corinthians jamais fez um goleador da competição. Na tabela de classificação, o inalcançável heptacampeão agora computa 71 pontos ganhos, contra 61 do Grêmio, que havia derrotado o São Paulo por 1 a 0 mais cedo, em Porto Alegre.

Com a vitória, os jogadores do Corinthians serão os primeiros da história a vestir faixas de heptacampeão brasileiro. Explica-se: o Santos e o Palmeiras, que se orgulham de somar oito e nove troféus nacionais, eram considerados bi e tetracampeões, respectivamente, antes da unificação de títulos promovida pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), no final de 2010.

Mas o Campeonato Brasileiro ainda não acabou. O Corinthians visitará o Flamengo no domingo, na Ilha do Governador, e receberá o seu merecido troféu em 26 de novembro, diante do Atlético-MG, em Itaquera. Já o Fluminense, com os seus 43 pontos ganhos, jogará contra a Ponte Preta, ameaçada de rebaixamento, na segunda-feira, no Maracanã.

O jogo – O público corintiano presente em Itaquera ainda entoava os nomes dos jogadores escalados por Fábio Carille, fato raro, quando o Fluminense teve a sua primeira chance de abrir o placar. Apenas um e outro torcedores se deram ao trabalho de brandir as mãos e braços esticados, em gesto corriqueiro para afastar o azar, quando Marcos Júnior se apresentou para a cobrança de escanteio. Henrique, no entanto, surpreendeu também o jovem goleiro Caíque, que hesitou em bola alçada na pequena área, e cabeceou para dentro.

“Não para de lutar!”, rebateu boa parte da torcida do Corinthians, de imediato, no final da gritaria que sucedeu o gol do Fluminense. O intuito era empurrar o líder do Campeonato Brasileiro, ainda sem ter nem sequer uma virada de placar na competição, em direção ao feito inédito justamente no dia em que tinha a possibilidade de sacramentar a conquista.

O Corinthians, no entanto, mostrava dificuldades para encontrar os rumos da vitória. Teimava que seriam pelo lado direito do campo, onde estava o esforçado Romero, já que quase não acionava o apagado Clayson na esquerda. Pelo meio, Rodriguinho parecia reviver as atuações sem brilho de boa parte de sua campanha no returno.

Foi justamente pela direita, com Romero, que o Corinthians criou a sua melhor oportunidade de empatar a partida no primeiro tempo. O paraguaio passou a bola para Fagner, que fez o cruzamento rasteiro já dentro da área. Jô se esticou para completar a jogada na segunda trave, mas não alcançou.

Ainda era pouco, contudo, para uma equipe que almejava ser campeã brasileira com três rodadas de antecedência para o final do campeonato. Fábio Carille sabia disso. No intervalo, o técnico trocou o volante Camacho pelo meia Jadson e lançou o Corinthians ao ataque. Não demorou a ser recompensado.

Logo no primeiro minuto, Jô mudou a direção do Corinthians ao passar a bola para Clayson na esquerda. O centroavante correu em direção ao gol para ele mesmo aproveitar o cruzamento do seu companheiro. Cabeceou no canto e igualou o marcador. “Chupa! Chupa!”, celebrou o ídolo Basílio, que comentava a partida em Itaquera para uma rádio da capital.

Dois minutos se passaram, e Caíque chutou a bola para a frente. Jô desviou e encontrou Clayson outra vez. Depois de o atacante chutar no travessão, o goleador do Campeonato Brasileiro demonstrou oportunismo para tirar proveito do rebote e, de cabeça, colocar a bola na rede.

A torcida do Corinthians já não se contentava em berrar “gol”. Alguns queriam repetir o que fizeram diante do Avaí, na rodada passada, e louvar o “campeão”. Outros, porém, pretendiam incluir um velho conhecido na festa alvinegra. “Danilo! Danilo! Danilo!”, passaram a fazer coro, pedindo a entrada do veterano, bicampeão brasileiro como corintiano.

Carille preferiu esperar para mexer no Corinthians novamente. Afinal, o seu time tinha a segurança dos tempos em que espantava o Brasil ao passar um turno inteiro invicto. O colega Abel Braga, ao contrário, entrou em ação. Substituiu Sornoza, Marcos Junior e Marlon Freitas por Matheus Alessandro, Peu e Pedro e viu o Fluminense ganhar posse de bola, mas não efetividade.

O Corinthians esteve mais próximo do gol. Aos 37 minutos, Jadson bateu colocado e acertou a trave. Aos 39, depois que Maycon ocupou a vaga de Clayson, o antes contestado armador não errou o alvo. Recebeu a bola e finalizou cruzado para acertar o canto e incendiar Itaquera. Quase literalmente.

Com os proibidos sinalizadores, a torcida do Corinthians iniciou uma bela festa em seu estádio. Fogos eram ouvidos do lado de fora do estádio. Basílio, o ídolo que havia gritado “chupa”, chegou a deixar a cabine de imprensa momentaneamente. “É campeão! É campeão! É campeão!”, escutava-se onde ele estava. No gramado, o consagrado Danilo enfim entrou no lugar de Jô, aos 48 minutos, para sacramentar a festa na Zona Leste como capitão.

Fonte: gazetaesportiva