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Rádio Costa Oeste
Em janeiro, finalmente, os credores da massa falida da Agroindustrial Santa Helena poderão começar a receber seus proventos.
Depois de longos e tenebrosos invernos, verões, primaveras e outonos, o juiz da Comarca de Santa Helena deverá dar o despacho final desde caso que se embrulha há tanto tempo.
Várias foram as tentativas de venda do complexo que envolve construções, algumas máquinas velhas e a área de terras onde ficava a empresa que um dia foi sonho de tanta gente, mas que frustrou acionistas, empregados e produtores rurais com a sua falência. Tudo se transformou num pesadelo.
O processo falimentar se arrastou até meados neste ano de 2017, quando, um leilão acabou concretizando a venda da massa.
O primeiro lance foi mais ou menos interessante, um milhão e trezentos mil reais. Mas o comprador fez fiado e fiado o juiz não aceita.
Como não houve o depósito do valor do lance vencedor, o segundo colocado veio ligeirinho e depositou 50%, adquirindo tudo por 650 mil, mais ou menos.
Um belo local, com uma estrutura que poderá de repente ser adaptada pra algo e uma boa quantidade de terras à beira do asfalto que liga Santa Helena a Diamante do Oeste.
Durante o tempo do processo, teve de tudo lá no complexo, desde a tentativa dos próprios funcionários de tocar a empresa, moendo mandioca até um acampamento de sem-terra.
Até o síndico da massa falida, um advogado de São Miguel do Iguaçú, Ivo Paludo, foi assassinado neste interim. É claro, o homicídio não tinha nada a ver com a questão sua condição de gestor do processo falimentar.
Tudo passou, tudo está passando e pela ordem de precedência, ao que se sabe, os funcionários verão a cor do dinheiro que esperam faz é tempo.
Tudo que lhes cabem, tudo o que queriam, talvez não, provavelmente não, mas em 2018, um dinheirinho a mais no bolso de muitos, com certeza deve entrar.
A dívida da massa falida ultrapassa 20 milhões e o que foi arrecadado vai servir para pagar só as custas judiciais e parte das ações trabalhistas.
Assim, chega ao fim uma novela que durou mais de 20 anos, mas dezenove milhões e meio de reais, vão ficar no limbo, no esquecimento.
Fonte: Elder Boff