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Rádio Costa Oeste
Paraná tem a terceira maior população carcerária do Brasil com 51,7 mil presos, conforme o Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen) divulgada nesta sexta-feira (8) pelo Ministério da Justiça. Os números do estudo são de junho de 2016. À época, o país tinha 726,7 mil presos.
De acordo com o levantamento, mesmo com a redução de 1,7% da população carcerária do estado no comparativo com os dados do levantamento de dezembro de 2015, quando eram 52.608 presos, o Paraná trocou de posição com o Rio de Janeiro, que desceu para a quarta colocação.
A população carcerária do Rio de Janeiro caiu de 55.552 em dezembro de 2015 para 50.219 em junho do ano passado. Com 240.061 detentos, o estado com o maior número de presos é São Paulo, que abriga um terço dos presos do país, seguido por Minas Gerais com 68.354 detentos.
O levantamento aponta que o Paraná segue como o estado com o maior número de presos em delegacias. Em junho de 2016, eram 9.826 detentos nesses locais. Do total de detentos em delegacias, 596 eram mulheres, segundo o Infopen.
O estado também é o terceiro colocado na taxa de ocupação das 18.365 vagas no sistema prisional. Conforme o Infopen, a superlotação deixou a taxa em 281,5% – o que representa um défict de mais de 33 mil vagas.
Do total de presos no Paraná, 28,4% ainda não receberam condenação – o indicador é um dos mais baixos do país.
Os dados do estudo mostram ainda que o estado é o sétimo no país em relação a taxa de apriosionamento. Em 2016, havia 459,9 pessoas presas para cada grupo de 100 mil habitantes em todo o estado.
O Departamento Penitenciário do Paraná (Depen-PR) informou que está em contato com o Depen nacional para que seja feito um ajuste nos dados. A alegação do órgão estadual é de que o Paraná tem 30 mil presos – outros 21 mil cumprem medidas alternativas, segundo o Depen-PR.
O órgão também afirmou que o estado pretende ampliar em 7 mil o número de vagas no sistema penitenciário até o fim de 2018. Outra medida que o governo deve adotar é a ampliação da aplicação de medidas alternativas, como as tornozeleiras eletrônicas.
Fonte: g1