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Rádio Costa Oeste
A dez dias da previsão de otação da reforma da Previdência, o governo Michel Temer ainda não tem os votos necessários para aprovar sua proposta, considerada vital na retomada do crescimento do país.
Segundo levantamento do jornal O Estado de S. Paulo, pelo menos 215 deputados consultados entre os dias 6 e 8 deste mês se disseram contrários às mudanças na regra de aposentadoria na forma como foram propostas por Temer - o presidente que se aposentou com 55 anos e mais de R$ 30 mil de vencimentos mensais.
O jornal ouviu 432 deputados, o equivalente a 84% da Câmara. O governo, portanto, alcançaria no máximo 297 votos favoráveis, insuficientes para aprovar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC).
Isso, contudo, não signifia que o jogo não possa mudar nos próximos dias. É que a equipe de Temer trabalha forte nos bastidores, sendo que já deu aval para os congressistas aprovarem projetos que causam impacto de R$ 43,2 bilhões nos cofres públicos nos próximos 15 anos, com a promessa, inclusive, de desembolsar R$ 2 bilhões para municípios ainda neste ano e mais R$ 3 bilhões em 2018.
Pela proposta que deverá ser votada, a aposentadoria rural e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a idosos de baixa renda, não sofrerão alterações. Por outro lado, a economia prevista com a reforma também caiu, passando de R$ 600 bilhões para R$ 480 bilhões em 10 anos, na comparação do primeiro projeto, apresentado em coomissão especial, com o atual, mais enxuto.
O cerne principal da reforma é a fixação de idade mínima para aposentadoria de todos os trabalhadores, que passará d 62 para 65 anos. Todos os trabalhadores atuais serão afetados.
Fonte: Bem Paraná