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Rádio Costa Oeste
Um traficante apontado como grande fornecedor de cocaína cumpre pena de oito anos em território paraguaio e será expulso daquele país na próxima quinta-feira, 28.
O sul-mato-grossense Jarvis Gimenes Pavão, de 49 anos de idade, apontado como um dos maiores narcotraficantes da América do Sul, vai ser extraditado do Paraguai para o Brasil. A data já foi definida pelo país vizinho. A extradição será feita um dia após Pavão cumprir a pena de oito anos de prisão por lavagem de dinheiro, tráfico e organização criminosa em território paraguaio.
No dia 21 deste mês, a juíza Lici Teresita Sánchez recebeu o comunicado sobre a equipe que vai acompanhar a extradição de Pavão até o Brasil. Por medida de segurança, o horário da extradição não foi divulgado, nem para qual prisão brasileira ele será levado.
De acordo com o jornal ABC Color, esse processo que culminou com a ordem de extradição após Pavão cumprir a pena no Paraguai se refere a uma condenação de 17 anos e oito meses de prisão por tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e organização criminosa em Balneário Camboriú/SC, onde o sul-mato-grossense morava antes de se refugiar no Paraguai.
Após recorrer até à Corte Suprema do Paraguai pedindo a inconstitucionalidade da lei de extradição entre países do Mercosul, a advogada de Pavão, Laura Casuso, disse que a extradição é inevitável.
À rádio ABC Cardinal, ela afirmou que a preocupação agora é garantir a segurança da família de Pavão, que vai continuar morando no Paraguai. “Queremos evitar que façam caça as bruxas contra a família dele”, disse Laura, que vai se mudar para o Brasil para continuar acompanhando o cliente.
Laura Casuso, que recentemente afirmou que Pavão será morto em uma prisão brasileira, culpa o atual presidente do Paraguai Horacio Cartes por qualquer problema com seu cliente. “Se lhe ocorrer alguma coisa, o único culpado será Horacio Cartes”.
Natural de Ponta Porã, onde possui familiares, Jarvis Pavão está preso desde julho do ano passado na sede da Agrupación Especializada, um grupo de elite da Polícia Nacional.
Nos últimos meses, o governo paraguaio reforçou a segurança na unidade, temendo uma tentativa de resgate. Laura Casuso disse que Pavão nunca fugiria e chamou os supostos planos de resgate de “circo armado” pelo governo de Horacio Cartes.
Fonte: campograndenews