106,5 FM
Rádio Costa Oeste
As chuvas não se fazem de rogadas e caem à vontade.
Temos um verão bem chuvoso, o que é bom para as lavouras de soja. Alguns problemas são detectados no que tange ao controle de pragas, pois tem sido difícil entrar nas lavouras.
Mas de acordo com o DERAL, Departamento de Economia Rural, preconiza-se uma safra de soja maior do que estava sendo aguardada.
Cerca de 80% das lavouras estão praticamente definidas. Falta saber sobre o preço que ainda está um pouco abaixo do esperado, principalmente em razão da queda do dólar, que patina.
Sobe a moeda americana, aumenta a cotação das commodities agrícolas. Se a moeda perder fôlego, os preços da saca de soja tendem a caírem juntos.
O bom para o agricultor é dólar baixo na época da compra de insumos e dólar mais alto quando precisa comercializar a produção.
Mas nem sempre é assim.
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Por outro lado, acompanhei a pré-assembleia da Lar em Santa Helena e a cooperativa vem enfrentando dificuldade com a Unidade Industrial de Mandioca.
Os preços na época do plantio não eram atrativos e a entrega do produto caiu violentamente em 2017 em relação ao ano anterior.
Pelo que foi dito pelo presidente Irineo da Costa Rodrigues e também pelo vice Lauro Soethe, pode ser que aquele complexo seja destinado a outra serventia, caso persista a baixa no mercado da mandioca.
Trabalhar no vermelho é que a cooperativa não vai. Tentar resolver os problemas, tentar minimizar os prejuízos, sim, mas persistir no erro, não. Isso foi o que deu a entender os líderes cooperativistas.
Outro senão da pré-assembleia, foi a queixa dos produtores de frango. Fizeram uma moção na qual pedem que a Lar reveja sua política de remuneração.
A diretoria da cooperativa recebeu a manifestação e promete olhar com atenção para as reivindicações, mas de antemão, Rodrigues disse que a cooperativa não funciona como uma entidade socialista.
Também concordo, é cooperativista num sistema capitalista. Talvez se não fosse assim, já tinha se perdido, como outras cooperativas e empresas privadas, que faliram por má gestão.
Há de se encontrar um meio termo para que o fomento do setor avícola da Lar, não sofra um baque, o que afetaria a região.
Fonte: Elder Boff