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Rádio Costa Oeste
Os primeiros sinais de que a febre amarela estava novamente ultrapassando a região amazônica começaram em 2014. Só que o vírus de febre amarela nunca deixou de circular no Brasil na forma silvestre. A cada ciclo de aproximadamente sete anos há um aumento de casos em áreas que ultrapassam a região da Amazônia. O fenômeno está associado a mudanças na população suscetível. Uma onda de casos em humanos ocorreu, por exemplo, em 2009, quando a doença atingiu o Rio Grande do Sul, Estado que por 42 anos esteve livre da doença.
Pela picada de mosquitos portadores do vírus de febre amarela. Em regiões de campo e floresta, o principal mosquito transmissor é o Haemagogus. O vírus também pode ser transmitido pelo 'Aedes aegypti', na forma urbana da doença. Casos de transmissão urbana, no entanto, não são registrados no País desde 1942.
A doença, que não é transmissível, provoca calafrios, dor de cabeça, dores nas costas e no corpo, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. Os primeiros sintomas aparecem de três a seis dias depois da infecção.
Há hemorragias, insuficiência hepática e insuficiência renal. Um dos sintomas é a coloração amarelada da pele e do branco dos olhos. Também não é incomum pacientes apresentarem vômito com sangue, um sintoma da hemorragia. Cerca de 50% dos pacientes que desenvolvem a forma grave da doença morrem em um período entre 10 e 14 dias.
Não há um tratamento específico. Por isso, a medida mais eficaz é a vacinação.
Sim, a imunização é oferecida na rede pública de saúde e pode ser procurada a qualquer momento do ano.
Efeitos colaterais da vacina são raros. O imunizante é contraindicada para crianças menores de 6 meses, pessoas imunossuprimidas e com reação alérgica a ovo. Idosos acima dos 60 anos, gestantes, pessoas portadoras do vírus HIV ou com doenças hematológicas devem consultar um médico antes de se vacinar.
Além dos viajantes, crianças de 9 meses a menores de 2 anos e pessoas em condições clínicas especiais.
Sim, ela tem a mesma eficácia da dose integral, mas a fracionada protege por até oito anos, segundo o ministério.
A vacina é essencial para quem viaja a áreas endêmicas dentro do País. Segundo o Ministério da Saúde, hoje elas são: Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Piauí, Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas, Bahia, São Paulo e Rio.
A lista atual tem mais de cem países e a imunização deve ocorrer dez dias antes da viagem. Depois dos recentes casos no Brasil, essa lista aumentou e Panamá, Nicarágua, Venezuela, Costa Rica, Equador e Cuba passaram a exigir a vacina de brasileiros. Saiba quais são os outros.
os Centros de Orientação para a Saúde do Viajante (veja opções). É preciso ir pessoalmente ao local e levar RG, passaporte ou CNH e a carteira de vacinação. O serviço é gratuito. Para quem perdeu a carteira de vacinação ou o comprovante da dose, a recomendação é tentar ir ao posto onde a vacina foi dada para obter uma segunda via do documento.
A Fundação Pró-Sangue recomenda que as pessoas façam sua doação de sangue antes de tomarem a vacina. Aqueles que a receberam devem esperar 28 dias para a doação. As pessoas que estiveram em algum município com caso confirmado da doença devem aguardar 30 dias. Quem recebeu a vacina da febre amarela há mais de 28 dias pode doar mesmo que seja de municípios com casos confirmados da doença. Quem contraiu a enfermidade deve aguardar seis meses após a recuperação clínica completa (alta médica).
Além de estar vacinado, as pessoas podem evitar a picada do mosquito silvestre transmissor da doença com uso de repelentes, roupas compridas e telas de proteção nas janelas, por exemplo.
Fonte: Estadão Conteúdo