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Homens sempre terão salários melhores, diz estudo

Apesar de diferença ter diminuído ao longo anos, mulheres ganham pelo menos 19% menos

Homens sempre terão salários melhores, diz estudo

A igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres são alguns dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável para o mundo, a ser em alcançados até 2030. No Paraná, a questão da igualdade salarial, por exemplo, pode ser considerada até mesmo uma utopia. De acordo com informações do Ministério do Trabalho, com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais), em 2016 o salário médio das mulheres no Paraná foi R$ 2.271,09 e o dos homens, R$ 2.708,58. Considerando a remuneração de todo o ano e o 13º salário, elas receberam, em média, R$ 5.687,37 a menos do que eles.

Apesar dos números há dados positivos. A diferença registrada em 2016, de 19,26% (o melhor dado entre os estados da região sul e sudeste do país), é a menor da série histórica iniciada em 1999. Em 18 anos, a remuneração dos homens avançou 316,74% e da mulheres, cresceu 330,39%.

Mas afinal, quando é que a remuneração para os dois sexos alcançará a igualdade? A estatística Luciana Helena, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), não tem uma resposta positiva.
“Pelos dados disponíveis, podemos afirmar que a igualdade salarial é uma utopia. Basta observar o gráfico (ao lado): se esticarmos as duas linhas, da remuneração dos homens e das mulheres, elas jamais se encontrarão seguindo a tendência atual. A diferença salarial pode até continuar a ser reduzida, mas não deveremos alcançar uma situação de igualdade plena nesse ritmo”, explica a estatística.

Segundo ela, isso acontece por conta da diferença nominal entre os salários, que apresentou tendência de alta no período analisado. Assim, embora em termos percentuais a questão tenha avançado, com a diferença salarial passando de 23,17% em 1999 para 19,26% em 2016, por outro lado a diferença nominal, que era de R$ 122,57 em 1999, quando elas recebiam R$ 527,68, chegou a R$ 437,49 em 2016.

Equiparação injetaria R$ 461 bilhões na economia brasileira
Uma pesquisa feita pelo Instituto Locomotiva no ano passado revelou que se os salários das mulheres fossem equiparados aos dos homens a economia brasileira teria uma injeção de R$ 461 bilhões (caso apenas o salário das mulheres fosse ampliado, sem cortes na remuneração do sexo masculino.

Segundo Renato Meirelles, presidente do Instituto, o estudo confirma que a disparidade salarial entre gêneros é ainda uma barreira ao progresso das mulheres no mercado de trabalho. Além dos homens ganharem mais do que as mulheres; os brancos ganham mais que os negros; e a mulher negra é a que menos ganha.


A renda média para um homem branco com curso superior alcança R$ 6.590, caindo para R$ 3.915 para a mulher branca na mesma condição. Já um homem negro com ensino superior ganha, em média, R$ 4.730, contra R$ 2.870 de uma mulher negra também com escolaridade superior.

Islândia é o primeiro país do mundo a legalizar a igualdade de remuneração
Se no Brasil a questão da igualdade salarial entre homens e mulheres ainda caminha de forma lenta, do outro lado do Oceano já há um país que colocou em vigor uma lei que legaliza a igualdade de salário entre os dois gêneros. Esse país é a Islândia, que anunciou ao mundo a novidade legal logo no primeiro dia de 2018, tornando-se a primeira nação do mundo a adotar uma legislação desse tipo.

Pela legislação, empresas públicas e agências governamentais com mais de 25 funcionários terão de obter uma certificação especial do governo sobre as políticas de igualdade de remuneração. Do contrário, correrão o risco de serem multadas. A expectativa é que o país elimine a desigualdade salarial até 2020.
Considerado o país que mais possui igualdade de gênero pelo Fórum Econômico Mundial, a Islândia tem hoje quase metade de seus parlamentares (47,6%) do sexo feminino. Para se ter noção do que isso representa, no Brasil o percentual é de 9,9%, bem abaixo da média mundial de 23%.

Fonte: bemparana