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Rádio Costa Oeste
Uma faxineira de 38 anos de Sorocaba (SP) vai responder por falsificação de documento público depois de ter comprado um histórico escolar para conseguir recolocação no mercado de trabalho. Ela é apontada como uma das clientes do adolescente de 17 anos detido na quinta-feira (25) por suspeita de comercializar documentos falsos.
De acordo com o delegado titular da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) - responsável pelo caso - Acácio Aparecido Leite, a faxineira teria comprado um histórico escolar falso para conseguir melhor recolocação no mercado de trabalho.
"Além disso, há a suspeita de que ela tenha comprado holerites para conseguir empréstimos bancários e até registros na carteira de trabalho para comprovar experiência. Porque a carteira de trabalho dela foi recolhida e achamos estranhos os registros de empregos anteriores. Então, será investigado se ela também teria comprado esses registros do adolescentes".
Ainda segundo o delegado, a faxineira está desempregada e alegou ter comprado os documentos falsos por estar desesperada por um emprego. Mesmo assim, ela irá responder em liberdade por falsificação de documento público.
Fábrica de diplomas e atestados
A Polícia Civil chegou até o adolescente por meio de um post feito por ele em uma página de venda no Facebook. Na postagem, o adolescente oferecia histórico escolar ou certificado de vários cursos em 24 horas pelo preço de R$ 80. "Fizemos a simulação da compra de um documento e acabamos apreendendo o adolescente no momento da entrega em um shopping da cidade", explica o delegado.
O motorista de um aplicativo de transporte, que acompanhava o menor durante as entregas, foi detido, mas liberado depois de ser ouvido. "Ele alegou apenas prestar o serviço de transporte, que não sabia de nada nem fazia parte do esquema. Ainda iremos investigar a participação dele no caso", diz Acácio.
Ao ser detido, o menor disse aos policiais que apenas entregava os documentos e que teria um patrão. A polícia encontrou todo um aparato montado na casa dele, como computadores, impressora e folhas em branco, que possibilitava a fabricação de todos os documentos falsos.
Entre os papéis apreendidos estão diplomas universitários, históricos escolares de várias instituições, holerites e até certificado de formação de bombeiro civil.
Depois de ser ouvido, o adolescente foi liberado na presença de uma tia, que é sua tutora legal desde a morte de seus pais. A polícia vai investigar a participação de outras pessoas no esquema e se as pessoas cujos nomes estão nos documentos falsos se beneficiaram da fraude.
Fonte: g1