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Rádio Costa Oeste
Justiça Federal determinou, nesta segunda-feira (26), a prorrogação por mais cinco dias da prisão de seis investigados na 48ª fase da operação Lava Lato. Esta etapa da operação apura irregularidades na gestão das concessões de rodovias federais no Paraná.
Todos já estavam presos temporariamente desde a última quinta-feira (22), quando foi deflagrada a nova etapa da Lava Jato.
O Ministério Público Federal (MPF) havia solicitado a conversão das prisões para preventivas – por tempo indeterminado – alegando que o volume de material apreendido durante a operação foi grande e ainda precisa ser analisado.
Os procuradores pediram ainda que, caso a argumentação e as provas trazidas não fossem suficientes para a decretação imediata da prisão preventiva dos investigados, fosse prorrogado prazo da prisão temporária por mais cinco dias.
A Polícia Federal (PF) não se manifestou no processo.
A decisão, assinada pela juíza federal substituta Gabriela Hardt, foi publicada no sistema eletrônico da Justiça às 20h40 desta segunda.
De acordo com a juíza, o MPF apontou inconsistências nas versões apresentadas pelos investigados em depoimento. Além disso, o cumprimento dos mandados trouxe novos indícios que podem corroborar as alegações dos procuradores.
"Apontado, ainda, possível tentativa de ocultação de documentos por funcionários de Wellington de Melo Volpato. E apreensão de valores em situações obscuras com Leonardo Guerra", destaca a magistrada.
Ainda segundo o despacho, a concessão de mais prazo vai permitir análise de material pela PF e pelo MPF que poderá indicar a necessidade de buscas adicionais e apontar rastros financeiros ainda desconhecidos.
"A colocação em liberdade dos seis colocará em risco a efetividade de novas diligências da espécie", pontua Hardt.
Operação Integração
Batizada de Integração, a 48ª fase da Lava Jato apura crimes como corrupção, fraude a licitações e lavagem de dinheiro na gestão das concessões de rodovias federais no Paraná. Além dos seis mandados de prisão, a Polícia Federal (PF) cumpriu 55 mandados de busca e apreensão; a Casa Civil, na sede do governo estadual, foi um dos alvos.
De acordo com a investigação, o valor do pedágio foi superfaturado para financiar a corrupção. Nelson Leal, então diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem no Paraná (DER-PR), é suspeito de usar o cargo que ocupava para editar atos em favor das concessionárias.
Fonte: g1