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Rádio Costa Oeste
O fenômeno natural La Niña continuará atuando com muita intensidade em toda a América do Sul, segundo meteorologistas. As precipitações irregulares até trouxeram benefícios para agricultores de várias regiões do Brasil, inclusive o paranaense, porém, a Argentina sofre com a estiagem que afeta principalmente a cultura da soja.
Luiz Renato Lazinski, meteorologista do Inmet ( Instituto Nacional de Meteorologia), avalia que o La Niña, apesar de estar diminuindo a sua intensidade, deverá voltar a se intensificar ao longo do outono e do inverno.
Este fenômeno traz um impacto negativo na produtividade do centro-sul, sobretudo no sul do Rio Grande do Sul, Argentina e Uruguai. Em outros locais, as chuvas podem vir irregulares, com períodos que chovem pouco e períodos que chovem muito.
A tendência é que a estiagem, assim, permaneça na Argentina. Com plantios em fase crítica de enchimento de grãos, os volumes devem continuar abaixo da média na maior região produtora do país, que envolve as províncias de Buenos Aires, Santa Fe e Córdoba. Este padrão de chuvas escassas deverá ocorrer até abril, como aponta Lazinski, bem como as temperaturas devem permanecer altas.
Para o milho safrinha brasileiro, as chuvas devem ficar regulares para o Centro-Oeste, mas São Paulo, Mato Grosso do Sul e a região Sul do Brasil devem enfrentar problemas. Já as geada no inverno, deverão ser mais espaçadas.
Ele visualiza, ainda, que o início da primavera deve ser de La Niña fraco ou neutro, de forma que o clima no Centro-Sul pode continuar ruim para a safra 2018/19.
Não só as chuvas no Paraná beneficiaram os produtores da soja, mas também, o fenômeno interferiu indiretamente no preço do produto. Isso porque a diminuição da oferta do produto na Argentina causado pela estiagem, fez com que os preços subissem.
Fonte: inmet