106,5 FM
Rádio Costa Oeste
A estimativa para colheita da soja na Argentina caiu ainda mais. O dados forma divulgados pela BCR (Bolsa de Comércio de Rosario) nesta quinta-feira (15)m, estabelecendo o novo número em 40 milhões de toneladas contra 46,5 milhões projetados no boletim de fevereiro. A safra de milho, por sua vez, teve uma queda para 32 milhões de toneladas contra 35 milhões projetados anteriormente.
A BCR justifica essas quedas por conta da umidade insuficiente nos solos, de forma que a soja de primeira etapa seguiu formando vagens e enchendo seus grãos nas piores condições. A falta de água, assim, afetaria pouco mais de 1 milhão de hectares da oleaginosa.
O fracasso produtivo também se faz sentir sobre as áreas de soja de segunda etapa, aquelas que são plantadas logo após o trigo, já que em grande parte da região dos Pampas se estimam rendimentos que poderiam ficar abaixo dos 25 saca/hectare.
Considerando as áreas distintas, se estima um rendimento médio a nível nacional de 40 saca/hectare. A produção de soja, assim, é estabelecida em 40 milhões de toneladas.
No milho, a estimativa de produção passa de 35 milhões de toneladas para 32 milhões de toneladas. Entre Ríos, Córdoba, Santa Fe e Buenos Aires se consolidam com os maiores danos produtivos.
A superfície total de milho corresponde a 6,43 milhões de hectares. O rendimento nacional para esta safra deve ficar por volta dos 100 sacas/hectare. Quando a colheita ganhar força, os rendimentos estimados e sua tendência deverão ser verificados.
A baixa de oferta do produto argentino gera expectativas de preços ainda melhores para os brasileiros. A saca da soja que era vendida a 60 reais no início de janeiro hoje(16) pode ser comercializada a 73 reais. Com a divulgação de maior redução na produtividade pode ser que o valor da soja seja mais alto, já que diminui a oferta do produto no mercado mundial.
A queda na produtividade na Argentina se dá devido a forte seca que parte do país enfrenta provocado pelo fenômeno La Ninã.
Fonte: Notícias Agrícolas