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PM acusado matar 3 e tentar matar 2 pessoas no interior do PR é interrogado pela Justiça

Marcelo Bonfim Ledo responde a pelo menos cinco ações penais

PM acusado matar 3 e tentar matar 2 pessoas no interior do PR é interrogado pela Justiça

O policial militar Marcelo Bonfim Ledo foi interrogado, nesta quarta-feira (21), em uma das ações penais a que responde na Justiça de Londrina, no norte do Paraná. O conteúdo do depoimento não foi divulgado.

Ledo, que está preso, é réu em pelo menos cinco processos, três por homicídio e dois por tentativa de homicídio. Ele também é suspeito de ser responsável por outras onze mortes. Os crimes ocorreram em Tamarana, também na região norte do estado, e em Londrina.

 

Homicídio em março de 2017

 

Nesta quarta, ele foi interrogado em uma ação que apura uma morte ocorrida em março de 2017, no Distrito de Guaravera, em Londrina.

Segundo a denúncia do Ministério Público (MP), o acusado atirou contra a vítima, um jovem de 18 anos, enquanto ela conversava com a mãe. Ainda de acordo com a acusação, o rapaz não teve chance de defesa.

Após o interrogatório, a juíza Deborah Penna estabeleceu prazo de cinco dias para que um documento seja anexado ao processo e, depois disso, determinou que acusação e defesa apresentem as alegações finais.

Esta é a primeira fase do julgamento. A partir da apresentação das alegações finais, a Justiça vai decidir se o réu é inocente; se o processo pode ser arquivado, mas reaberto a partir de novos indícios; ou se ele será julgado pelo Tribunal do Júri. Não há prazo para esta decisão.

 

Tentativa de homicídio em junho de 2017

 

A outra audiência realizada nesta quarta apura uma tentativa de homicídio que ocorreu em junho de 2017, na área rural de Tamarana. A vítima foi atingida por dois tiros, mas conseguiu fugir e sobreviveu.

Conforme a acusação, o crime foi praticado mediante promessa de recompensa, e o policial foi contratado por desafetos da vítima.

Neste processo, ninguém chegou a ser ouvido. Conforme o termo da audiência, a defesa informou que a pessoa que compareceu não foi a mesma apontada como testemunha.

Por esse motivo, a juíza Deborah Penna deu prazo de cinco dias para que a defesa apresente informações sobre a testemunha indicada.

O processo também está na primeira fase do julgamento, que define se o caso será ou não julgado pelo Tribunal do Júri.

Próxima audiência

Está marcada para sexta-feira (23) a segunda audiência da ação que apura o homicídio de Everson Gomes, morto em março de 2017, aos 28 anos, em frente à Prefeitura de Tamarana.

A partir das 14h15 devem ser ouvidas a testemunha de acusação que faltou à primeira audiência e oito testemunhas de defesa. O réu também pode ser interrogado no mesmo dia.

A ação penal está na primeira fase de julgamento.

Os crimes

Marcelo Bonfim Ledo responde a processos criminais pela morte três pessoas e pela tentativa de homicídio de outras duas. Além disso, ele é suspeito de outros onze homicídios e de seis tentativas de homicídio.

A promotoria afirma que o réu geralmente usava um carro branco para se aproximar das vítimas e atirava usando um rifle com silenciador.

O policial está afastado do trabalho desde 2012, quando foi ferido a tiros e passou a fazer tratamento por transtorno depressivo.

Segundo as investigações, os homicídios começaram após o afastamento da função. A motivação dos crimes ainda não foi esclarecida.

Fonte: g1