106,5 FM
Rádio Costa Oeste
Manifestantes acusam autoridades de negligência e de esconder real dimensão do desastre, ocorrido em shopping na Sibéria. Investigações apontam que alarme estava desativado, e saídas de emergência, bloqueadas.Em meio a rumores de que autoridades teriam ocultado o número real de vítimas fatais do incêndio um um shopping na cidade de Kemerovo, na Sibéria, o luto da população se mistura a protestos contra os responsáveis pelo centro comercial, o governo e os políticos.
Milhares de russos protestaram nesta terça-feira (27) na praça central de Kemerovo, culpando as autoridades pela morte de ao menos 64 pessoas no incêndio, entre elas 41 crianças, segundo informou a agência russa Interfax.
O incêndio, ocorrido no último domingo, destruiu o shopping Zimnyaya Vishnia (cereja de inverno). O lugar era um destino popular para famílias e estava cheio no momento em que foi atingido pelas chamas, no primeiro dia das férias escolares.
A lista de acusações populares inclui negligência aos padrões de segurança, bloqueio das saídas de emergência e sobrecarga das equipes de resgate, falhas que teriam transformado o shopping em chamas numa armadilha, especialmente para as crianças que estavam num parquinho interno e no cinema no último andar do edifício.
O presidente russo, Vladimir Putin, visitou Kemerovo, 3 mil quilômetros a leste de Moscou, e afirmou que as mortes foram causadas por "negligência criminosa e desleixo". Ele não compareceu à manifestação, que durou pelo menos seis horas. Outras cidades do país também foram palco de homenagens às vítimas do incêndio.
Fonte: Deutsche Welle